Estava prevista a compra de 14 automotoras por parte da CP. O objectivo do negócio era suprir as limitações existentes no serviço e melhorar a oferta aos utentes de modo a reforçar a ligação Lisboa-Porto na ligação de de alta velocidade.
Acontece que o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, não concorda com o reforço da CP e considerou que não é «saudável para o mercado o Estado investir tanto em comboios». O ministro parece estar a agir em defesa dos interesses privados e na Assembleia da República justificou a redução da encomenda das automotoras com o facto de, caso a compra fosse realizada conforme prevista, a CP «ficaria com 80% do mercado».
Face a tal, o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) considerou, em comunicado, que «tal como na saúde, no que respeita à ferrovia, a prioridade do Governo é conceder os serviços aos privados». Para os ecologistas «a intenção de alterar o concurso público para reduzir o número de comboios a adquirir para o serviço da nova linha é uma forma de retirar meios à CP para garantir um bom serviço à população e de colocar a CP em desvantagem num concurso público que abre a porta à entrada de operadores estrangeiros».
No comunicado pode ler-se ainda que o PEV «manifesta-se profundamente contra esta posição que lesa os interesses nacionais e consequentemente o serviço prestado às populações».
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