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«Eles disparam para tudo o que mexe»: carro da RTP alvejado pelo exército israelita

Ao entrar na cidade de Jenin, o carro que transportava uma equipa da RTP foi alvejado pelas forças israelitas. «Eles disparam para tudo o que mexe. Não dão sequer oportunidade de diálogo ou de estabelecer um contacto», relatou o enviado da RTP, Paulo Jerónimo.

Um episódio que demonstra a brutalidade das forças sionistas. As chamadas «forças de defesa» atacaram mais uma vez jornalistas e desta vez o alvo foi um carro que transportava uma equipa da RTP que se preparava para entrar na cidade de Jenin, na Cisjordânia. O enviado especial da estação pública portuguesa estava a bordo da viatura e fez um relato na primeira pessoa.

Segundo o repórter «há muita agressividade» por parte das forças israelitas.«Eles disparam para tudo o que mexe. Não dão sequer oportunidade de diálogo ou de estabelecer um contacto», explicou Paulo Jerónimo. O mesmo denunciou que «quem está da parte de fora e tenta aceder [a Jenin] é imediatamente afastado e afastado de uma forma violenta, com disparos directos, não são sequer de intimidação».

O relato do jornalista da RTP descreve também a situação pela qual os palestinianos estão sujeitos: «a situação é bastante complicada. Jenin está a entrar numa situação catastrófica porque não há electricidade, não há alimentação a entrar (frescos nomeadamente). Há muitos problemas, as pessoas estão com muito medo, não saem de casa e mesmo as pessoas que não saem de casa estão sujeitas a que os militares lhes entrem em casa».

No directo realizado desde Jenin, o jornalista um outro grupo de jornalistas tinha sido atacado a tiro, não havendo sequer condições de diálogo com o exército israelita. A própria RTP tinha noticiado que a organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras queria a realização de um inquérito «independente» à morte de um jornalista da Al Jazeera em Gaza em Julho, caracterizada pela cadeia televisiva como um «assassínio a sangue frio».

Importa relembrar que segundo o Committee to Protect Journalists, cerca de 75% dos jornalistas mortos em 2023 foram vítimas da ofensiva sionista em Gaza e que os detalhes das circunstâncias que levaram à sua morte eram difíceis de apurar devido à recusa de Israel em cooperar. 
 

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