Na passada quarta-feira, à saída da reunião da Concertação Social, Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP-IN, visivelmente desagradado com o facto de não se ter discutido os problemas dos trabalhadores, disse que no dia seguinte a central sindical iria realizar uma conferência de imprensa para fazer diversos anúncios.
Neste sentido, ontem, após a reunião do Conselho Nacional da Intersindical de classe, teve lugar a tal conferência de imprensa. Nesse momento, Tiago Oliveira apresentou as «Prioridades da Política Reivindicativa para 2025», mas os anúncios.
O secretário-geral da CGTP-IN aproveitou o momento para fazer a avaliação da actual situação política, económica e social do país e reiterou o caminho para o desenvolvimento da luta de massas.
Antes de mais foi anunciado que entre os dias 7 de Outubro e 8 de Novembro será desenvolvida uma campanha nacional sob o mote lema «Aumentar os salários e as pensões; Defender os serviços públicos e as funções sociais do Estado; Resolver os problemas do País».
O objectivo, segundo Tiago Oliveira, é «a realização de plenários, concentrações, paralisações e greves, nos locais de trabalho de todos os setores, em todo o País». No fundo é criar um processo estruturado para abrir caminho para a intensificação da luta, uma luta à altura do momento de ataque que os trabalhadores enfrentam.
A par desta campanha nacional, o secretário-geral da central sindical apelou ainda aos «trabalhadores e as famílias, os reformados e os pensionistas, os jovens e outras camadas da população para saírem à rua, pelo aumento dos salários e pensões, pela defesa e melhoria dos direitos, pelo direito à habitação e o direito à saúde, pela defesa e o fortalecimentos dos serviços públicos, exigindo um outro rumo para o país».
Este apelo seguiu-se do anúncio de uma «grande manifestação nacional em Lisboa e no Porto» para o dia 9 de Novembro que será o culminar da campanha que os sindicalistas querem que seja intensa, ou seja, o desaguar de um caudal de luta.
As exigência da manifestação encontram-se nas «Prioridades da Política Reivindicativa para 2025», isto é, um aumento salarial de pelo menos 15%, num mínimo de 150 euros para todos os trabalhadores a partir de janeiro do próximo ano, bem como o aumento do Salário Mínimo Nacional dos atuais 820 euros para 1000 euros. «A proposta da CGTP é esta e é por ela que nos iremos bater», reiterou Tiago Oliveira.
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