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Sindicalistas pedem a Starmer que «não normalize» bancos alimentares

Numa carta aberta, os signatários pedem a Keir Starmer que aborde a fome e os «níveis catastróficos de pobreza» no Reino Unido, onde o acesso à comida não deve ser «um acto de caridade ou um luxo».

Créditos / independent.co.uk

Na missiva dirigida ao primeiro-ministro britânico, os signatários pedem-lhe que ponha fim ao Foodbank Britain e alertam-no para «não normalizar» os bancos alimentares no país.

Com a iniciativa, lançada pela Rede Alimentação e Trabalho (Fawn), o Bakers Food and Allied Workers Union (BFAWU, sindicato dos trabalhadores da panificação e alimentação) e a Campanha pelo Direito à Alimentação, os promotores dizem ao governo trabalhista que o caminho a seguir não é o da dependência da caridade, mas o do aumento dos salários, da melhoria das condições de trabalho e do restabelecimento de um genuíno sistema de segurança social.

A carta é subscrita por vários dirigentes sindicais, como Mick Whelan (Aslef, maquinistas) e Mick Lynch (RMT, transportes), Matt Wrack (FBU, bombeiros), Sarah Woolley (BFAWU, alimentação), Fran Heathcote (PCS, função pública), Dave Ward (CWU, comunicações) ou Daniel Kebede (NEU, educação). A estes juntam-se académicos, clérigos e o deputado trabalhista suspenso Ian Byrne.

«Não podemos simplesmente permitir que os bancos alimentares sejam vistos como uma parte normal da vida no século XXI. As pessoas já estão no limite. É preciso combater a insegurança alimentar e acabar com o banco alimentar britânico», lê-se na carta.

Os signatários alertam para o nível de insegurança alimentar no país, estimando que afecte cerca de oito milhões de adultos e três milhões de crianças, e consideram a situação «escandalosa», tendo em conta os níveis de riqueza do Reino Unido.

«Em última análise, o acesso diário regular a alimentos nutritivos, seguros e acessíveis não deve ser um acto de caridade nem um luxo, mas um direito básico. Por isso, instamos também o seu governo a que consagre o Direito à Alimentação na legislação do Reino Unido à primeira oportunidade e garanta que o pesadelo do banco alimentar britânico se torne uma coisa do passado», refere ainda a missiva a Starmer.

Sarah Woolley, secretária-geral do BFAWU, disse que o Partido Trabalhista tem «a oportunidade de acabar com a fome neste país».

«É uma vergonha haver tanta gente, incluindo muita a trabalhar, que depende dos bancos alimentares para comer e dar de comer às famílias», sublinhou, citada pelo Morning Star.

«Esta carta e os seus signatários mostram claramente que esperamos medidas e que a normalização do banco alimentar britânico não será tolerada», acrescentou.

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