A agressão de Israel contra a população palestiniana na Faixa de Gaza, que em Outubro «fará um ano da sua brutal intensificação», já provocou mais de 40 000 mortos e acima de 92 000 feridos, na sua maioria civis, contando-se muitos milhares de crianças. A constatação, que é simultaneamente uma crítica à apatia com que a chamada comunidade internacional vem assistindo ao genocídio do povo palestiniano por parte do Estado de Israel, surge no apelo à participação na iniciativa que arranca esta quarta-feira, em Coimbra.
As organizações promotoras, designadamente o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e o Conselho Português para a Paz e a Cooperação (CPPC), que desde Outubro passado realizaram inúmeras iniciativas de apelo à paz e ao cessar-fogo na Faixa de Gaza, exigem o fim da escalada de confrontação por parte de Israel – única potência nuclear no Médio Oriente, a par do respeito e cumprimento dos direitos nacionais do povo palestiniano, «com a criação do Estado da Palestina, como determinam inúmeras resoluções» da Organização das Nações Unidas (ONU).
Há mais de 70 anos que o Estado sionista de Israel, cuja formação é acompanhada da expulsão de centenas de milhares de palestinianos das suas terras (a que chamaram catástrofe, «Nakba»), faz tábua rasa do direito internacional com total impunidade. O crescimento de colonatos em terras ocupadas, a prisão de civis sem processo judicial, a usurpação de recursos naturais e a implementação de um sistema de apartheid são alguns traços da violência exercida por Israel contra o povo palestiniano, que está a ser vítima de uma nova catástrofe. Há mais de 70 anos que o Estado sionista de Israel, cuja formação é acompanhada da expulsão de centenas de milhares de palestinianos das suas terras (a que chamaram catástrofe, «Nakba»), faz tábua rasa do direito internacional com total impunidade. O crescimento de colonatos em terras ocupadas, a prisão de civis sem processo judicial, a usurpação de recursos naturais e a implementação de um sistema de apartheid são alguns traços da violência exercida por Israel contra o povo palestiniano, que está a ser vítima de uma nova catástrofe. Para nos ajudar a reflectir sobre o tema convidámos José Goulão, jornalista e autor, especialista em assuntos do Médio Oriente e colaborador do AbrilAbril, e Carlos Almeida, historiador e vice-presidente do MPPM (Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente). Com o pretexto de «eliminar o Hamas» e «dar mais segurança a Israel», as forças de ocupação mataram, desde o passado dia 7 de Outubro,15 mil pessoas na Faixa de Gaza (mais de 6000 vítimas são crianças), destruíram casas e infra-estruturas fundamentais, designadamente hospitais, boicotaram a entrada de ajuda humanitária e criaram mais refugiados. Com: José Goulão, Carlos Almeida e Graça Gonçalves. Já podes ver e ouvir nestas plataformas. Segue-nos! Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Palestina, o direito de resistir
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«Para além da destruição na Faixa de Gaza – com os indiscriminados e propositados bombardeamentos contra bairros residenciais, instalações médicas e hospitais, campos de refugiados, agências humanitárias, escolas, locais de culto ou culturais –, Israel incrementa o bloqueio que mantém a região sem energia e impede a entrada de alimentos, água, medicamentos e equipamento médico essencial, promovendo a proliferação da fome e da doença», lê-se no apelo.
Os organizações, entre as quais se encontra ainda a CGTP-IN e a Associação Projecto Ruído, alertam para a ofensiva israelita «de grandes proporções» contra a Cisjordânia, «que acentua os efeitos da violência diária do exército e dos colonos israelitas», e que provocou já mais de seis mil vítimas, entre mortos e feridos.
Até ao momento, a jornada nacional de solidariedade «Palestina Livre! Paz no Médio Oriente!» tem iniciativas confirmadas em localidades como Covilhã, Setúbal, Alpiarça, Guarda, Viseu, Espinho, Viana do Castelo, Braga, Évora e Faro, destacando-se os desfiles no Porto, a 6 de Outubro, entre as praças dos Poveiros e do General Humberto Delgado, e em Lisboa, no último dia, entre o Martim Moniz e a Praça do Município.
«Há que denunciar a profunda hipocrisia e cumplicidade dos EUA, do Reino Unido, da União Europeia e de vários governos de países europeus, que desde o início apoiam a política de Israel e dão cobertura aos seus crimes de guerra, desrespeitando deliberadamente o direito internacional», registam as organizações promotoras , que reclamam que o Governo português suspenda a cooperação com o Estado de Israel e reconheça o Estado da Palestina.
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