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«Massiva» greve e manifestação contra a intenção de Milei em fazer cortes na Educação

Convocada pela Confederação dos Trabalhadores da Educação da Argentina, foi a segunda acção de luta nacional contra os cortes no financiamento destinado à Educação. Estudantes universitários, docentes, sindicatos, e movimentos sociais unidos contra o liberalismo.

«Milhares de professores mobilizaram-se em defesa da educação pública e contra o ajustamento brutal do governo nacional de Milei». É assim que a Confederação dos Trabalhadores da Educação da Argentina (Ctera), a estrutura que filia sindicatos docentes pertencentes a todas as 24 jurisdições que compõem a Argentina, classifica a acção de luta realizada ontem. 

Representados na manifestação estiveram presentes docentes de Santa Fé, Córdoba, Entre Ríos, La Pampa, Misiones, Chaco, Mendoza, Buenos Aires, Tucumán e outras provincias que se mobilizaram contra as políticas de Javier Milei e sua intenção de vetar uma lei de financiamento universitário.

Os manifestantes reivindicaram a defesa do orçamento educacional; a restituição do Fundo Nacional de Incentivo Docente; financiamento para infraestrutura escolar; financiamento para bolsas de estudo e refeição escolar; financiamento para as universidades; melhores condições para os aposentados; e o fim do «reajuste» promovido pelo Executivo.

Desde a manhã, milhares de pessoas reuniram-se em torno do Congresso e em diversas regiões argentinas para defender a educação e oporem-se contra as ações do Governo contra os sectores populares.

Além dos docentes, esta segunda marcha universitária contou com estudantes universitários, trabalhadores, sindicatos, movimentos sociais, organizações de direitos humanos, entre outros revelando uma ampla unidade na luta em defesa das funções sociais do Estado. 

Desde a semana passada, a crispação entre o Governo e as universidades aumentou quando docentes e não docentes da Universidade de Buenos Aires partiram para uma greve em defesa dos seus salários e da Lei de Financiamento Universitário que foi aprovada pelo Senado e estabelece uma actualização salarial para estes trabalhadores a partir de Dezembro de 2023 com um impacto equivalente a 0,14 por cento do Produto Interno Bruto nacional.
 

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