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Situação «atroz» no Norte de Gaza com assédio israelita

Depois de Jabalia, as forças de ocupação sionistas centram-se em Beit Lahia, também a norte da Cidade de Gaza. Há registo de civis mortos e de novas colunas de palestinianos obrigados a fugir.

Pelo menos 15 palestinianos foram mortos e outros ficaram feridos em ataques israelitas com drones à cidade de Beit Lahia, refere a agência Wafa.

O Crescente Vermelho referiu-se à morte de três civis e fontes médicas apontaram mais 12 vítimas.

Por seu lado, o director do Hospital Indonésio, Marwan Sultan, disse à Al Jazeera que teme que mais pacientes venham a perder a vida, devido às acções israelitas contra a unidade hospitalar.

«O exército de ocupação israelita impede a entrada de combustível e material médico no Hospital Indonésio e corta a electricidade a funcionários e a pacientes», disse Sultan à Al Jazeera. «O exército de ocupação israelita ainda está a cercar o hospital e dezenas de doentes podem morrer», acrescentou.

O responsável hospitalar sublinhou que os trabalhadores da saúde não conseguem socorrer os palestinianos feridos e que «há dezenas de mortos e feridos nas ruas, sem que ninguém os consiga resgatar, devido ao cerco imposto aos hospitais no Norte [da Faixa de Gaza]».

Entretanto, o canal com sede no Catar noticiou esta manhã que as forças israelitas estão agora inteiramente focadas em Beit Lahia, depois de vários dias centradas em Jabalia, a poucos quilómetros.

Descrevendo a situação como «atroz» e «crítica», sobretudo para os que nos últimos dias escaparam de Jabalia, a Al Jazeera afirma que os habitantes de Beit Lahia receberam ordem de evacuação.

Zonas densamente povoadas estão sob o ataque incessante das forças de ocupação, refere a fonte, acrescentando que o destino mais provável dos homens é serem detidos e levados para parte incerta, enquanto as mulheres devem ser conduzidas até à Cidade de Gaza.

Também a Wafa dá conta da intensa destruição no Norte da Faixa de Gaza, no âmbito do cerco com mais de duas semanas levado a cabo pelas forças sionistas, que impedem a chegada de comida e medicamentos – tal como foi novamente denunciado, ontem, por responsáveis de agências das Nações Unidas.

Neste contexto, as autoridades de saúde locais dão conta de um registo cada vez mais elevado de mortos e feridos. Já hoje, o Ministério palestiniano da Saúde informou que, desde 7 de Outubro de 2023, pelo menos 42 718 palestinianos foram mortos e 100 282 ficaram feridos como resultado da agressão israelita ao enclave costeiro.

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