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Encontro do MST juntou 340 educadores na Bahia

No 24.º Encontro Estadual das Educadoras e dos Educadores do MST, os profissionais debateram a função social das escolas no campo, com o compromisso de reforçar o ensino nas comunidades e a luta pela terra.

Intervenção de Sintia Paula, coordenadora do Sector de Educação do MST na Bahia CréditosGreiciane Souza / MST

De 24 a 26 de Outubro, mais de 340 profissionais das escolas do campo na Bahia participaram no 24.º Encontro Estadual das Educadoras e dos Educadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Salvador.

O objectivo, refere o MST no seu portal, era debater os desafios e as perspectivas da educação no campo, com o compromisso de fortalecer o ensino nas comunidades rurais e a luta pela terra.

Sob o lema «40 Anos do MST e a Função Social das Escolas do Campo na atualidade», o encontro permitiu trazer reflexões sobre o papel dessas escolas na formação de sujeitos críticos e na defesa da reforma agrária.

Ao longo dos três dias, refere a fonte, foram partilhadas práticas pedagógicas, estratégias de ensino e metodologias que ligam a educação às vivências e lutas dos trabalhadores do campo.

Em Salvador, os profissionais puderam discutir formas de promover a autonomia, a consciência crítica e o fortalecimento da identidade camponesa, na construção de uma educação que valorize a diversidade, o respeito pelo meio ambiente e a justiça social, precisa.

A coordenadora do Sector de Educação do MST na Bahia, Sintia Paula, reiterou a importância do encontro e seu objectivo de discutir a função social das escolas do campo.

Mais de 340 educadores do campo participaram no encontro promovido pelo MST em Salvador // Greiciane Souza / MST

«O encontro tem uma importância de estudo e organização para o MST, no sentido de os educadores e educadoras estarem reunidos para estudar, planejar e refletir. Mas também nos ajuda a compreender qual importância das escolas do campo para áreas de assentamento e acampamento da reforma agrária. Entender qual é a função social das escolas do campo nos ajuda a refletir qual é a escola que queremos, qual assentamento que queremos», afirmou.

Por seu lado, a Secretária da Educação da Bahia, Rowenna Brito, destacou o facto de a iniciativa acontecer em diálogo com os projectos estratégicos da pasta para os próximos anos nas zonas rurais e nos territórios quilombolas.

«Quero reafirmar meu compromisso com a luta da educação no campo, com a luta da educação das escolas de assentamento, que precisamos dizer isso todos os dias: Reforma Agrária já, e é preciso garantir a educação de qualidade para quem vive no campo! É por isso que estamos lá todos os dias tentando fazer a diferença na Secretaria de Educação. Esse espaço é um espaço extremamente importante para os professores e professoras da educação do campo», disse.

Além de Rowena Brito, pelo encontro realizado em Salvador passaram várias personalidades e autoridades empenhadas na luta pela educação do campo e a Reforma Agrária, como Poliana Reis, Coordenadora da Educação do Campo e da Educação Escolar Quilombola, na Secretaria da Educação do Estado da Bahia; o deputado federal Valmir Assunção; a deputada estadual Lucinha (do MST); o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; ou o director da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Jeandro Ribeiro.

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