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Ao fim de 18 anos, trabalhadores da CarrisBus conquistam integração na Carris

«Resistir é o primeiro passo para a vitória», afirma a Fectrans num comunicado em que dá nota que os trabalhadores da CarrisBus, depois de 18 anos de luta, vão finalmente ser integrados na Carris. 

A CarrisBus tem como principal actividade a manutenção e reparação de veículos pesados de passageiros, bem como de carros eléctricos.
Créditos / CGTP-IN

Cumprindo com a palavra dada, a Carris confirmou na passada semana que os trabalhadores da CarrisBus serão integrados na empresa no dia 1 de Janeiro de 2025. A administração da empresa também transmitiu que irá iniciar os contactos com todos os trabalhadores da CarrisBus, de forma a serem assinados os contratos de trabalho com a Carris.

A notícia é avançada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) que no comunicado emitido, apesar de congratular os trabalhadores pela importante conquista após 18 anos de luta, coloca como condição para os novos contratos a salvaguarda de todos os direitos, nomeadamente a antiguidade e a contabilização dos anos nas respectivas carreiras profissionais, para efeitos de aplicação do Regulamento de Carreiras.

Também, segundo o comunicado da Fectrans, a 1 de Janeiro de 2025, o Acordo de Empresa da CarrisBus deixará de ter aplicabilidade e a todos os trabalhadores se aplicará na íntegra o Acordo de Empresa da Carris.

Com esta integração será atingida uma importante vitória. Desde a primeira hora que as estruturas sindicais se colocaram contra a segmentação da Carris, entendendo que «mais não visou do que criar as condições para a precarização das relações de trabalho». Para as mesmas, com a divisão da empresa de transportes e o fim do Acordo de Empresa da Carris, esse acordo deixou de se aplicar aos trabalhadores oficinais por consequência de um processo que visava a privatização da rodoviária, revertida no quadro da alteração da correlação de forças na Assembleia da República.

Para a Fectrans, a conquista alcançada ao fim de 18 anos, «significa que resistir é o primeiro passo para a vitória». A estrutura afecta à CGTP-IN garante, no entanto, que no novo quadro que se apresentará em Janeiro de 2025, a luta dos trabalhadores oficinais pela valorização dos salários e carreiras profissionais, a evolução para as 35 horas semanais e a criação de um subsídio compensatório, continuará agora no âmbito da negociação do Acordo de Empresa da Carris.
 

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