Em Setembro deste ano, a empresa espanhola abriu em Lisboa a segunda maior loja do mundo. No edifício da nova Zara, com cinco mil metros quadrados, localizado na Praça do Rossio, foram colocados 280 funcionários, dos quais 145 foram novas contratações.
Na sequência do novo investimento, os trabalhadores do grupo têm testemunhado cortes. «Até Janeiro, o Grupo Inditex / ITX vai fechar mais 14 lojas em Portugal, com o objectivo de “despachar” os trabalhadores mais antigos!», denuncia o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), através de comunicado.
«Esta empresa multimilionária teria a obrigação de colocar os trabalhadores das lojas encerradas noutras do grupo, mas isso não está a acontecer», denuncia a estrutura sindical, apesar de, salienta, os trabalhadores estarem «sobrecarregados». «Na grande maioria das lojas do grupo há falta efectiva de trabalhadores para responder a todas as tarefas e clientes», admite.
Entre as críticas, o CESP afirma que a dona da Zara está a propor aos trabalhadores a ida para lojas noutros distritos e com redução da carga horária, ao mesmo tempo que diz ter conhecimento de contratações de reforço para os períodos de Natal e de saldos. «Por vezes, no mesmo centro comercial, este grupo fecha lojas sem dar alternativas dignas aos seus trabalhadores enquanto contrata para outras insígnias», acrescenta.
O sindicato acusa o Grupo Inditex / ITX de optar «pela manutenção da precariedade e do trabalho barato, correndo com os trabalhadores a tempo inteiro e com salários mais altos», realçando que os funcionários não são obrigados a aceitar qualquer acordo de alteração de posto de trabalho ou carga horária.
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