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«Encerrar a Estação de Coimbra não é solução e é um crime!»

Na passada quarta-feira, dia 10 de Janeiro, realizou-se uma manifestação contra o encerramento da ligação ferroviária entre Coimbra e Coimbra B e o consequente fecho da estação no centro da cidade.

Centenas juntaram-se em Coimbra contra o que consideram ser «um crime». A acção de luta foi promovida pelo núcleo de Coimbra do Movimento de Utentes de Serviços Públicos (MUSP), em conjunto com a União de Sindicatos de Coimbra (USC), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) e a Associação Juvenil Projeto Ruído.

A manifestação começou com uma concentração junto à Câmara Municipal de Coimbra e prosseguiu em marcha até à estação ferroviária de Coimbra, onde houve uma segunda concentração acompanhada de um ruidoso buzinão.

O encerramento desta ligação ferroviária faz parte das obras do projeto Metro Mondego, mas os organizadores do protesto alertam para as graves consequências que a medida trará para a baixa de Coimbra. Entre os impactos apontados estão o prejuízo ao pequeno comércio e serviços da zona central, bem como dificuldades acrescidas para a população que utiliza diariamente esta infraestrutura para deslocações ao centro da cidade.

Além disso, o plano de substituição por autocarros entre o espaço da antiga estação e Coimbra B é considerado inadequado, devido às limitações de capacidade e conforto em comparação com a antiga ligação ferroviária.

Os promotores da manifestação destacaram o descontentamento generalizado da população e dos comerciantes, que questionam a viabilidade e os benefícios do encerramento da estação. Durante o protesto, foi evidenciada uma firme oposição à medida, vista como resultado da falta de planeamento e de atenção às necessidades locais.

O MUSP reforçou o apelo para a continuidade da luta em defesa de uma mobilidade justa, pública, acessível e sustentável, que inclua a manutenção e melhoria da oferta ferroviária. «Encerrar a estação de Coimbra não é solução e é um crime», declararam os organizadores, sublinhando a necessidade de repensar políticas de transporte que garantam o direito à mobilidade de todos os cidadãos.
 

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