Uma postura perante a comunicação social, outra perante os trabalhadores. Assim se resume a crítica do sindicato à actuação do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, a quem acusa de «censura». «Se por um lado, à frente dos jornalistas, o Presidente da CML afirma a pés
juntos respeitar e defender os direitos dos trabalhadores do município», por outro, o Executivo «impõe a censura», «negando o direito à informação sindical», critica o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML/CGTP-IN), através de comunicado divulgado esta segunda-feira.
A estrutura sindical afirma que, desde as 14h do dia 20 de Dezembro, a Câmara de Lisboa «impôs a censura às comunicações do STML via rede da intranet do município», resultando em sete publicações bloqueadas até hoje. Acrescenta que, apesar de Moedas «afirmar "defender os direitos dos trabalhadores", como o direito à greve, ou referir enfaticamente que "os sindicatos são um pilar do regime democrático"», a decisão de censurar a comunicação do sindicato «foi supostamente assumida pelo incómodo gerado na greve da higiene urbana prevista nessa altura (26 e 27 de Dezembro)».
Observa ainda o STML que, com esta opção «totalmente antidemocrática», o Executivo liderado por Carlos Moedas «desrespeita sem qualquer pudor» o Acordo Colectivo de Empregador Público (ACEP), onde se lê que «o Município assegura à Direcção do STML o uso da rede intranet do Município para comunicação com os trabalhadores, através do seu correio electrónico, quer individual quer colectivamente».
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