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Sindicato contesta entrada de privados na higiene urbana de Lisboa

Em Novembro, o Município dizia querer contratar mais pessoal para a limpeza urbana. Agora, o STML confirma 16 novos trabalhadores, contratados a uma empresa de trabalho temporário, e critica gestão municipal. 

Trabalhadores da limpeza urbana em Lisboa apresentam várias reivindicações ao Executivo Municipal
Créditos / Câmara Municipal de Lisboa

No mês passado, o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, citado no Público, admitia querer reforçar o pessoal do departamento de Higiene Urbana, ainda este ano, mal o orçamento municipal para 2025 fosse aprovado. «No dia 2 de Dezembro, o STML foi confrontado com a presença de trabalhadores a varrerem a zona do Martim Moniz usando coletes que identificam a CML, sem, contudo, serem trabalhadores-cantoneiros da autarquia», denuncia o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), através de comunicado.

A estrutura sindical adianta que questionou de imediato a Câmara Municipal de Lisboa (CML), que, por intermédio do responsável da Direcção Municipal de Higiene Urbana, confirmou que estes 16 trabalhadores foram contratados para o mês de Dezembro, através de uma empresa de trabalho temporário, «em moldes idênticos ao sucedido o ano passado durante as Jornadas Mundiais da Juventude».

Além de considerar «inaceitável» que a autarquia recorra a empresas privadas para «colmatar seja que necessidade for a nível do serviço público municipal de higiene urbana», o STML questiona a necessidade de envolver uma empresa privada para fornecer 16 trabalhadores, «num momento em que o Presidente Carlos Moedas não se cansa de afirmar em vários órgãos de comunicação social, a contratação durante o seu mandato de centenas de trabalhadores para a limpeza urbana da cidade». 

O que se evidencia nesta opção do Executivo, adianta o sindicato, «é a sua incapacidade em organizar a força de trabalho que tem à sua disposição neste sector de actividade» e «não responder aos reais problemas que actualmente se vivem na Limpeza Urbana», criticando ainda «projectos e soluções que apontam o sector privado como remédio para todos os males, quando a experiência histórica comprova claramente o contrário».

O STML admite que «será com a força dos trabalhadores» da higiene urbana que se alavancarão respostas perante «mais uma» tentativa de desvirtuar «um dos serviços públicos mais importantes da cidade de Lisboa». Simultaneamente, aproveita para reafirmar reivindicações, designadamente o cumprimento integral do acordo assinado em Junho de 2023 e uma resposta da autarquia ao memorando, subscrito por cerca de 800 trabalhadores das várias categorias profissionais da Higiene Urbana, entregue pelo sindicato nos Paços do Concelho, em Maio passado.    

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