Na sua conta de Twitter (X), o chefe de Estado referiu que o governo norte-americano e a imprensa sensacionalista «se alarmam» por causa dos fundos milionários que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) destina a projectos de subversão e financiamento dos chamados órgãos de comunicação e organizações não governamentais (ONG) independentes, «quando andamos há anos a denunciá-lo».
«É muito simples seguir o rasto do dinheiro e ver a quem fez novos milionários», acrescentou Díaz-Canel.
Na mesma rede social, o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, reforçou as declarações do seu presidente, afirmando que a dita organização funcionou como uma «fachada» para subverter a ordem constitucional em Cuba com dinheiro dos contribuintes norte-americanos.
Na quarta-feira, Rodríguez afirmou que, entre 1998 e 1999, a agência dos EUA utilizou mais de seis milhões de dólares para executar centenas de operações ilegais na Ilha.
Acrescentou que, entre 2001 e 2006, a Usaid destinou 61 milhões de dólares a 142 projectos e actividades ilegais contra o povo cubano.
Ontem, o diplomata cubano denunciou que, desde 1990, a agência referida destina em média entre 20 e 50 milhões de dólares anuais para subverter a ordem constitucional do país caribenho, «sem contar os fundos que são destinados de forma encoberta».
Cuba tem denunciado de forma reiterada a utilização de organizações pretensamente humanitárias ou que se apresentam como defensoras da democracia como fachadas para desestabilizar países e derrubar governos, de acordo com os interesses hegemónicos e imperialistas dos Estados Unidos.
Também a Nicarágua – e alguns meios deveras independentes, fora da agitação mediática da berra e que logo passa – denunciou de forma reiterada a actuação intervencionista da Usaid e da NED (Fundação Nacional para a Democracia), cujos fundos entraram às mãos cheias nas arcas de ONG do país centro-americano para financiar golpes brandos, suaves e mais agrestes contra o governo liderado pelo Frente Sandinista.
As vistas sobre estas formas de actuação «desonestas» ganharam novos ângulos com revelações recentes sobre a Usaid, surgidas de dentro da administração de Donald Trump, alegando casos de corrupção e alegadamente para fazer emagrecer certas áreas do seu governo (integrou-a no Departamento de Estado).
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