Em declarações à Vietnam News Agency (VNA), o diplomata cubano abordou a visita oficial ao país asiático, de 18 a 20 de Fevereiro, tendo destacado que ambos os países podem contribuir para a transformação da ordem internacional actual, que descreveu como injusta, e para o desenvolvimento de um mundo multilateral assente no direito internacional.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba disse que levou ao povo vietnamita uma mensagem de amizade e fraternidade, desejando votos de prosperidade às famílias no novo ano lunar e de «novos êxitos e progressos no caminho de construção de um país desenvolvido com uma orientação socialista».
Neste contexto, Rodríguez disse que o povo cubano tem grande carinho pelo Vietname e que na Ilha o Presidente Ho Chi Minh também se chama Tio Ho.
Sobre o programa que cumpriu em Hanói, informou que foi «intenso» e que manteve encontros «produtivos» com os principais governantes do Vietname, incluindo To Lam, secretário-geral do Partido Comunista, o Presidente da República, Luong Cuong, o primeiro-ministro, Pham Minh Chinh, e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Bui Thanh Son.
«Em todos, verificámos o excelente, extraordinário, óptimo nível das relações e o apoio mútuo entre o Vietname e Cuba», afirmou o ministro, sublinhando o «progresso notável» nos projectos desenvolvidos conjuntamente.
Acrescentou que ambas as partes concordaram em acelerar a cooperação em vários domínios, nomeadamente os da cultura, ciência, política e economia.
Manter o apoio mútuo, intensificar as trocas a vários níveis
Tendo também por base as visitas que realizou ao Vietname em 1988, 2012, 2014 e 2018, Bruno Rodríguez Parrilla expressou a sua admiração pelo desenvolvimento abrangente que o país do Sudeste Asiático regista, «os avanços na construção do socialismo e o forte crescimento económico».
Neste sentido, considerou que o desenvolvimento vietnamita serve como referência para Cuba, sobretudo no que respeita aos seus «planos ambiciosos» de construção de uma economia socialista desenvolvida no espaço de poucas décadas.
«Fui recebido com uma hospitalidade muito calorosa e fraterna», afirmou o diplomata cubano, que voltou a visitar o Mausoléu de Ho Chi Minh e a casa-museu do destacado dirigente revolucionário e antigo Presidente da República, para «recordar os seus ensinamentos, que tanto inspiram o desenvolvimento socialista da nossa Ilha».
Ao falar à VNA, o ministro destacou o contributo que Vietname e Cuba podem dar para mudar o «sistema internacional, que é anti-democrático, exclusivista, injusto e nada solidário, e que, além disso, é insustentável do ponto de vista ambiental».
Olhando para o futuro no domínio das relações bilaterais, defendeu que os dois países devem «fazer bem o que já estão a fazer» e «o que sempre fizeram, que foi apoiar-se mutuamente», sobretudo quando Cuba enfrenta grandes desafios a nível económico.
Bruno Rodríguez sublinhou a importância de intensificar as trocas entre as delegações dos dois países, passando pelos partidos, estados, governos e organizações de massas, e de reforçar os laços que as actuais gerações receberam como legado de Ho Chi Minh e Fidel Castro.
O ministro cubano dos Negócios Estrangeiros chegou ao Vietname na passada terça-feira, depois de ter realizado visitas oficiais à Malásia e a Singapura, centradas na promoção das trocas económicas.
Esta quinta-feira, o ministro e a delegação que o acompanha seguiram para o Laos, também em visita oficial.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui