|Processo de Paz na Colômbia

Milhares de colombianos voltam a manifestar-se em defesa da paz

Nas manifestações de ontem em Bogotá e noutras cidades do país, milhares de colombianos voltaram a reclamar a manutenção do cessar-fogo, bem como a implementação dos acordos de firmados a 26 de Setembro entre o governo e as FARC-EP.

Milhares de pessoas encheram a Praça Bolívar, em Bogotá, para reclamar a implementação dos acordos de paz firmados entre as FARC-EP e o Governo da Colômbia
CréditosHispanTV

As mobilizações que ontem tiveram lugar em cidades colombianas como Bogotá, Melellín e Cáli, sob o lema «Acordo já! Queremos a paz!», dão seguimento às grandes manifestações do passado dia 5, nas quais milhares de colombianos vieram para as ruas reclamar a entrada em vigor dos acordos de paz alcançados ao cabo de quatro anos de negociações em Havana, assinados a 26 de Setembro em Cartagena das Índias e rejeitados por escassa margem no referendo realizado no dia 2 de Outubro.

A maior manifestação realizou-se na capital do país, Bogotá, onde grupos de indígenas provenientes de várias regiões da Colômbia, afrodescententes, camponeses, reformados, estudantes universitários e vítimas do conflito armado marcharam juntos para reivindicar «um ágil consenso que ponha fim à guerra e abra o caminho à reconciliação nacional», informa a Prensa Latina.

A mobilização seguiu pela Carrera Séptima e terminou na Praça Bolívar, onde há mais de uma semana várias pessoas permanecem acampadas em vigília, na defesa de uma saída para o impasse resultante do referendo de dia 2. Tanto ali, numa tribuna montada para o efeito, como ao longo do trajecto, se ouviram vozes a favor da manutenção do cessar-fogo bilateral decretado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) e o Governo, bem como palavras de ordem a exigir o respeito pelos acordos firmados entre as partes.

Luis Fernando Arias, dirigente da Organização Nacional Indígena da Colômbia, declarou: «Nem mais um minuto de guerra. Temos de selar de uma vez por todas o acordo de paz.» Também representantes da Cimeira Agrária exigiram «soluções rápidas que permitam deixar para trás a incerteza política que se vive na Colômbia». «A nossa mensagem ao Governo, às FARC-EP e também à guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) é que a paz é agora», afirmaram.

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