O ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, afirmou esta tarde a retirada da Fortaleza de Peniche do programa Revive, que tem como objectivo concessionar monumentos a entidades privadas para o desenvolvimento de unidades de unidades hoteleiras e turísticas. A revelação foi feita no âmbito do debate do Orçamento do Estado para a Cultura em 2017, numa audição ao ministro na Assembleia da República.
O governante explicou que entende que «o que se fizer ali tem que respeitar e perpetuar a memória de luta pela democracia».
No dia 5 de Outubro tinha sido entregue uma petição onde se exigia que a Fortaleza de Peniche se mantivesse como património nacional e saísse da lista do programa Revive. Em poucos dias, atingiram-se 5000 assinaturas, e depois da entrega continuou-se a recolher subscrições. Entre os subscritores desta petição, juntaram-se nomes de vários quadrantes político-ideológicos e das mais diversas áreas da vida social, política e cultural nacional.
«Os abaixo assinados democratas antifascistas, surpreendidos com as recentes notícias sobre a concessão do Forte de Peniche, empenhados na defesa da necessária preservação da memória e resistência ao fascismo e pelo respeito de milhares de portugueses que deram o melhor das suas vidas para que o povo português pudesse viver em liberdade, apelam ao Governo para que o Forte de Peniche permaneça património nacional, símbolo da repressão fascista e da luta pela liberdade», declarava o texto da petição.
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