Imagens divulgadas esta segunda-feira pelo Ministério sírio da Defesa mostram unidades do EAS, apoiadas por helicópteros russos, a atacar posições do Daesh, a cerca de cinco quilómetros de Deir ez-Zor. Informações mais recentes da Al-Masdar News dão conta de que as forças governamentais estarão a cerca de três quilómetros da cidade.
Estima-se que perto de 100 mil pessoas vivam nesta cidade de grande valor estratégico, localizada à beira do Eufrates, no Leste da Síria, que as forças governamentais têm conseguido manter em seu poder, sitiada pelos terroristas, pelo menos desde Janeiro de 2015.
A província de Deir ez-Zor é o único território do país árabe onde o Daesh mantém uma presença significativa. O cerco à sua capital foi reforçado em Maio de 2015, quando da ofensiva do Daesh sobre Palmira.
«Dentro de 24-48 horas»
Em declarações à Reuters, citadas pela RT, o governador da província, Mohammad Ibrahim Samra, disse hoje que, «no máximo, os heróis do Exército irão chegar a Deir ez-Zor em 24-48 horas».
Ontem, houve notícias de que uma unidade de sapadores do EAS tinha chegado à base da Brigada 137, nas imediações ocidentais da cidade, acção que, a confirmar-se, não constitui em si mesma o rompimento do cerco, tal como foi noticiado por diversos órgãos.
Em todo o caso, nas últimas 24 horas o EAS e as forças aliadas no terreno, com o apoio aéreo russo, têm arrasado as posições do Daesh, infligindo pesadas baixas aos terroristas e destruindo as suas barricadas, tanques, munições e outro material bélico, indica a RT.
Os fortes combates a pouca distância da cidade sitiada levaram a que alguns dos seus habitantes viessem para as ruas, ontem à noite, celebrar a quebra eminente do cerco e dar vivas a Bashar al-Assad.
Num texto hoje divulgado pela Sana, o governador da província dá conta desse facto e destaca as tremendas provações que os habitantes de Deir ez-Zor padeceram nestes três anos, como «a falta de comida e os ataques diários dos terroristas, com morteiros», sem se esquecer daqueles que, «sendo da cidade, perderam a vida a defender a pátria».
Sublinhando que «os habitantes esperam com impaciência o fim do cerco», o governador revela que, apesar do bloqueio, os estabelecimentos continuaram a funcionar em Deir ez-Zor, nomeadamente hospitais, padarias, que distribuem cerca de mil embalagens diárias de pão de graça, e uma farmácia, que abriu há dois meses e também fornece medicamentos de forma gratuita.
Batalha decisiva
Recentemente, o Ministério russo da Defesa defendeu que a batalha que se trava em torno de Deir ez-Zor poderá significar um passo muito importante, se não decisivo, para a derrota do Daesh.
No sábado passado, o ministério russo reafirmou: «Derrotar o Daesh na região de Deir ez-Zor e levantar o cerco à cidade irão significar uma derrota estratégica para o grupo terrorista internacional na Síria.»
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