Na denúncia realizada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), esta quinta-feira, lamenta-se a decisão tomada pela administração da empresa e diz-se que «este não é o caminho a seguir».
O novo horário suprime as carreiras que partiam do Barreiro para Lisboa, às 7h20, 8h10 e 9h, e as que faziam o caminho inverso, às 7h45 e 8h25. «Isto depois de um anúncio de 10 milhões de euros para recuperação da frota, mas que pelos vistos foi apenas um anúncio, porque, na prática, o que os utentes têm agora é menos carreiras», lê-se no comunicado da Fectrans.
A federação indaga se será esta a forma encontrada pela empresa para responder ao problema da falta de trabalhadores, realçando que, «em vez de os admitir», a administração da Soflusa opta pela redução de carreiras, acabando assim com a necessidade de novos trabalhadores.
«Até onde quererão levar estas medidas?», questiona novamente a Fectrans, acusando a Soflusa de, «perante a falta de resposta aos problemas de imobilização de navios», procurar «consolidar a redução de serviços, que até agora tem sido feita através da supressão de carreiras no dia a dia, para uma situação definitiva».
Denuncia ainda a estrutura sindical que, através da administração que nomeou, o Governo passa uma imagem de que «o serviço público de qualidade a prestar aos utentes é secundário» e o que importa «é fazer de conta que se resolvem os problemas».
A Fectrans e os seus sindicatos na empresa realçam a necessidade de se «recuperar a frota, admitir os trabalhadores que faltam e montar uma oferta de serviço público que responda às necessidades dos utentes».
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