O texto proposto pela República Islâmica do Irão foi aprovada no primeiro comité da Assembleia Geral das Nações Unidas, com 112 votos a favor, 44 contra e 15 abstenções, segundo a Telesur. Entre os opositores contam-se os principais estados nucleares, como os EUA, o Reino Unido, a França e a Rússia, assim como Israel – que continua a não confirmar nem desmentir o seu programa nuclear.
Na proposta de resolução, que ainda terá quer ser submetida à Assembleia Geral, o Irão pede o cumprimento do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e a adesão dos países que ainda não o fizeram. Para além do Sudão do Sul (o mais recente membro das Nações Unidas), da Índia e do Paquistão, também Israel continua sem assinar o TNP.
O texto tem por base as conclusões das conferências de revisão do TNP realizadas em 1995, 2000 e 2010. Na última, em 2015, não foi possível aprovar quaisquer conclusões.
O Irão apela aos estados nucleares que parem de produzir e exportar material nuclear, e que adoptem medidas unilaterais para destruir os seus arsenais com vista à sua «eliminação total».
Fuga de informação: «Israel tem 200 armas nucleares apontadas a Teerão»
Em Setembro de 2016 foi revelada uma troca de e-mails entre o antigo secretário de Estado norte-americano Colin Powell e o presidente de um fundo de investimento e financiador do Partido Democrata, Jeffrey Leeds.
De acordo com o The Independent, Powell terá escrito: «Os rapazes em Teerão sabem que Israel tem 200 [armas nucleares], todas apontadas a Teerão.»
O Estado sionista nunca confirmou nem negou a existência de um programa nuclear, apesar de as produzir, pelo menos, desde o final de 1966, com ajuda dos EUA, de França e do Reino Unido. As estimativas, muito variáveis e não confirmadas, oscilam entre as 60 e as 400 armas nucleares.
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