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Protesto contra despedimento ilícito na Prestibel

Realizou-se esta terça-feira uma concentração de protesto pelo despedimento de seis trabalhadores da empresa de segurança privada Prestibel por terem participado numa greve.

Concentração em protesto pelo despedimento de seis trabalhadores da Prestibel, 31 de Outubro de 2017
CréditosMário Cruz / Agência LUSA

Em Novembro de 2016, o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STAD/ CGTP-IN) denunciava a transferência não fundamentada de seis trabalhadores da Prestibel que laboravam na Biblioteca da Câmara Municipal da Amadora, acusando a empresa de o fazer pela sua participação na greve nacional do sector realizada no dia 27 de Outubro de 2016.

No seguimento da resistência dos trabalhadores em não aceitar a transferência e lutar pelos seus postos de trabalho, o STAD informa, num comunicado, que recentemente a empresa despediu estes trabalhadores, pelo que foi realizada hoje uma concentração na sede da Prestibel, em Belém, Lisboa.

O sindicato dava conta ainda que, depois do despedimento destes trabalhadores e de ter dado entrada com processos no Tribunal de Trabalho, vai continuar com o apoio e solidariedade a estes funcionários, como é exemplo a concentração que decorreu hoje.

Os manifestantes também se deslocaram à sede nacional da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para entregar um dossier com os pedidos de intervenção dos quais não têm resposta, como aconteceu no caso destes trabalhadores, cuja resposta da entidade foi inconclusiva.

O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, esteve presente na concentração e afirmou aos jornalistas que «as empresas de segurança, nomeadamente as multinacionais, não podem continuar a pensar que se sobrepõem à lei e que determinam unilateralmente o despedimento dos trabalhadores sem qualquer razão».

Arménio Carlos explicou que «os postos de trabalho não desapareceram. Esta situação ocorreu apenas porque os trabalhadores aderiram a uma greve», pelo que se está perante «um conflito de direitos, liberdades e garantias que a Constituição portuguesa consagra», defendendo que esta seja «reprimida» em Tribunal e exigindo a reiteração dos trabalhadores.

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