«Intransigência» e «falta de compromisso da empresa» são as críticas largadas pelos trabalhadores da Brisa, após a reunião desta segunda-feira, e que justificam a paralisação anunciada para o próximo dia 25 de Novembro.
«A empresa voltou a insistir em propostas pouco sérias, que ignoram os problemas de fundo enfrentados pelos trabalhadores, e demonstrou não entender nem aceitar a nossa justa insatisfação», lê-se num comunicado do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN). A estrutura sindical realça a urgência de recuperar o poder de compra perdido, reclamando para tal o aumento dos salários para todos os trabalhadores.
A valorização das carreiras profissionais, o fim da escala de «5 dias de trabalho / 1 folga», o cumprimento integral do Acordo Colectivo de Trabalho e a reclassificação profissional de todos os trabalhadores a desempenhar funções superiores, nomeadamente os ajudantes de obra civil e os operadores de patrulhamento são as exigências em cima da mesa.
«Não vamos aceitar as propostas insuficientes que a Brisa nos apresenta, enquanto aumentou os seus lucros em 6 vezes nos últimos 10 anos», insiste o CESP, ao mesmo tempo que denuncia a posição de outras organizações sindicais, que «preferiram aliar-se à posição da empresa, minando a nossa causa e traindo a confiança dos trabalhadores».
No primeiro semestre deste ano, a Brisa Concessão Rodoviária registou resultados líquidos de 136,1 milhões de euros, um crescimento de 13,6% em relação ao período homólogo.
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