Recentemente, a TGI apresentou um plano de reestruturação para a antiga fábrica da Triumph, localizada em Sacavém, no concelho de Loures, «com vista à redução de 150 postos de trabalho, alegando não ter carteira de clientes para fazer face aos custos de funcionamento».
A situação é exposta pelo grupo parlamentar do PCP, tendo por base a denúncia dos trabalhadores e do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Curtumes do Sul (Sintevcc/CGTP-IN).
Inicialmente, foram apresentadas aos trabalhadores propostas de rescisão por mútuo acordo, sem direito a indemnização, denunciam os comunistas. Em seu entender, a situação vem confirmar que «o objectivo da empresa era um processo de despedimento colectivo encapotado».
Num passado muito recente, a empresa avançou novamente com a decisão de apresentar um plano de reestruturação, «com vista à redução de 150 postos de trabalho». E, a 13 de Dezembro, os trabalhadores foram informados pela administração da «decisão de avançar com um processo de insolvência».
A situação é da «maior gravidade», alerta o grupo parlamentar do PCP, que destaca as dezenas de anos de serviço e o elevado nível de especialização dos trabalhadores da TGI, bem como «o sério prejuízo para as famílias e para a realidade económica e social do concelho e do distrito» decorrente de uma eventual redução de postos de trabalho.
Neste sentido, os comunistas instam o Governo do PS a recorrer «a todos os instrumentos ao seu alcance para impedir o encerramento da empresa Têxtil Gramax Internacional, a redução dos postos de trabalho e assegurar o cumprimento dos direitos dos trabalhadores».
Em Maio de 2015, a Triumph International decidiu deixar de investir em Portugal e a antiga fábrica de roupa interior da multinacional em Sacavém acabou por ser comprada, em Setembro do ano seguinte, pela Gramax Capital, um grupo de investimento fundado em 2011 por Alexander Schwarz e Achim Pfeffer, com sede na Suíça e na Alemanha, segundo refere o Jornal de Negócios.
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