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Patrões esperam que Rio recupere bloco central

O presidente da principal confederação patronal nacional, António Saraiva, disse esperar maior proximidade entre o PS e o PSD após a substituição de Passos Coelho por Rui Rio.

António Saraiva (centro), acompanhado da ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque (PSD). Rui Rio afirmou que faria «igual ou pior» no lugar de Albuquerque, durante a campanha interna do PSD
CréditosJoão Relvas / Agência LUSA

As declarações do presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal foram recolhidas pela Lusa ontem, no Porto, onde António Saraiva participou num debate. O patrão dos patrões não só espera novas condições para um entendimento entre o PS e o PSD, mas também considera que isso será positivo, já que «liberta o Governo» de compromissos com o BE, o PCP e o PEV.

A posição de Saraiva vai ao encontro de muitas das declarações públicas de Rui Rio e de apoiantes seus, no sentido de arrastar o PS para compromissos com as forças com quem se entendeu até 2015: o PSD e o CDS-PP. Se essa possibilidade se afigura improvável no imediato, com a actual composição da Assembleia da República, o PSD de Rio já tem os olhos postos em 2019, nas próximas legislativas.

A questão central para o PSD e para o CDS-PP já não é «ganhar eleições», ou seja, serem a força mais votada, mesmo que minoritária – como aconteceu nas legislativas de 2015. Agora, o próprio Rui Rio já admitiu que o importante não é «ganhar», mas «evitar que o BE e o PCP continuem na esfera do poder».

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