Numa conferência de imprensa realizada ao final da tarde desta quinta-feira, na estação ferroviária das Caldas da Rainha, a comissão denunciou o facto de o plano de modernização da Linha do Oeste, anunciado em 2016, estar «significativamente atrasado na sua concretização».
Para além da ausência de modernização da Linha, que liga a estação de Agualva-Cacém, na Linha de Sintra, à estação de Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, a comissão defende que há mais de um ano que os utentes se confrontam com a diária supressão de horários, por falta de composições, já que os comboios a diesel em circulação estão em fim de vida e com sistemáticas avarias.
No documento lançado ontem, que a comissão pretende levar à Assembleia da República, refere-se que, desde 2017, os passageiros passam por um «verdadeiro martírio, já que estão sistematicamente sujeitos à incerteza de haver ou não haver comboio e sem qualquer informação», pelo facto de «a grande maioria das estações e apeadeiros» estarem encerrados ou não terem pessoal.
Para «reduzir o impacto desta situação», informa que a CP está a «alugar autocarros para transportar os passageiros, favorecendo mais uma vez os operadores do transporte rodoviário de passageiros».
A comissão lembra que «a ausência de políticas de investimento na ferrovia, por parte de sucessivos governos, fez com que não tivesse sido atempadamente planificada a renovação das composições a diesel ao serviço da CP».
Anunciou que irá promover em breve uma vigília de protesto contra «esta supressão de horários que diariamente prejudica dezenas de utentes da Linha do Oeste, para exigir do Governo a urgente resolução deste problema».
A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste prevê organizar ainda um passeio de comboio em defesa da Linha do Oeste, a ter início nas Caldas da Rainha, para o qual irá mobilizar a população das localidades tocadas pela Linha.
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