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Greve está marcada entre 22 e 28 de Fevereiro

Guardas prisionais exigem respeito

Cerca de 400 guardas prisionais protestaram esta sexta-feira, numa vigília junto à Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, em Lisboa, contra a sobrecarga horária, a falta de condições e as declarações caluniosas do director, a quem exigem que se demita.

A contestação dos guardas prisionais contra os novos horários prolonga-se há meses
Créditos / AbrilAbril

O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) realizou hoje uma vigília em protesto contras as más condições de trabalho e o director-geral, Celso Manata, na qual participaram centenas de guardas oriundos de vários estabelecimentos do País.

O conflito entre ambas as partes já dura há algum tempo, sobretudo devido à introdução dos novos horários, que, para além das oito horas diárias, implicam frequentemente mais três horas e meia de extensão.

Isto, conjugado com a falta de pessoal e de rendições, tem vindo a colocar em causa a segurança dos estabelecimentos prisionais, mas também dos próprios guardas, que realçam estar sobrecarregados e com a sua saúde física e mental em risco.

Uma das principais reivindicações apontadas entre os guardas com que o AbrilAbril teve a oportunidade de falar foi, além dos horários, a demissão de Celso Manata. Afirmam já não confiar nele e que não tem condições para continuar. «Só com a sua saída é que pode haver uma solução», frisaram.

Em causa, explicam, estão os continuadas mentiras e ataques ao corpo da guarda prisional, com os quais prentende sacudir «a àgua do capote» e fugir às suas responsabilidades, particularmente sobre os distúrbios ocorridos no sábado passado.

«A única coisa que soube fazer foi acusar o corpo da guarda prisional e implementar um horário de trabalho diferente», afirmou Jorge Alves, dirigente do SNCGP, referindo-se à imposição à revelia do que foi negociado e acordado anteriormente.

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