Marcelo Rebelo de Sousa teve um dia muito pouco comum para um chefe de Estado: ontem, para além do almoço com o presidente do PSD, participou e discursou numa iniciativa partidária.
O Presidente da República tem uma agenda muito diferente dos seus antecessores, o que já lhe permitiu, inclusivamente, inaugurar uma escola do Opus Dei, onde teceu rasgados elogios à «Obra». Ontem, esperou mesmo meia hora por Rui Rio à porta da reitoria da Universidade de Lisboa para que entrassem juntos na sessão de apresentação de Europa de A a Z: Dicionário de Termos Europeus, da autoria de Carlos Coelho e Paulo Rangel, ambos deputados do PSD no Parlamento Europeu.
No seu discurso, renovou apelos a «convergências» em torno de dois temas: os fundos europeus pós-2020 e o pacote de «descentralização» do Governo, precisamente as duas matérias em relação às quais Rui Rio já nomeou interlocutores para negociar com o Executivo do PS.
Já à saída da sessão do PSD, o Presidente da República afirmou que «o que é bom para a democracia é haver alternância». Desde 1976, o PS, o PSD foram-se alternando no Governo, umas vezes sozinhos, outras com a participação do CDS-PP.
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