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Trabalhadores do São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado em protesto

Os trabalhadores da Opart (Teatro Nacional de São Carlos e Companhia Nacional de Bailado) denunciaram, em plenário, o subfinanciamento da empresa pública e a falta de respostas aos seus problemas.

Trabalhadores da Opart no final de um plenário, realizado no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa. 5 de Março de 2018
Créditos / CENA-STE

No final do plenário realizado ontem, convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE/CGTP-IN), foi divulgado um comunicado em que os trabalhadores exigem «sinais positivos» do Ministério da Cultura e do Governo, e medidas para resolver os seus problemas por parte do conselho de administração da empresa pública que integra o Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) e a Companhia Nacional de Bailado (CNB).

Face à falta de resposta ao caderno reivindicativo aprovado em Novembro passado, os trabalhadores decidiram tornar pública a situação de estrangulamento financeiro e as suas consequências na Opart.

Para além da persistência de casos de precariedade laboral, de «atribuição de tarefas que extrapolam os conteúdos funcionais» de cada carreira e da falta de pessoal, os trabalhadores exigem aumentos e o fim das discriminações salariais «entre departamentos e categorias idênticas».

Depois, acrescentam no comunicado, há problemas que se mantêm há décadas, como a necessidade de se encontrar uma sala de ensaios para a Orquestra Sinfónica Portuguesa, que utiliza o TNSC há 26 anos, e o estatuto do bailarino da CNB, há 27 anos por aprovar.

Os trabalhadores decidiram, no plenário de ontem, programar acções de protesto para o Festival ao Largo, que decorre em Julho no Largo de São Carlos, em Lisboa, solicitar uma reunião com o Ministério da Cultura e participar na manifestação do 1.º de Maio.

Dizem-se disponíveis para «chegar a um entendimento em que o objectivo final é só um, devolver ao público "o seu São Carlos" e "a sua CNB"». «E, porque o Opart cumpre um serviço público, cabe também ao público demonstrar o seu apoio à luta dos trabalhadores da empresa. Falamos de direitos laborais, sim, mas falamos também de devolver ao País um teatro de ópera e lírico, e uma companhia de bailado robustos e que engrandeçam os nossos criadores e intérpretes», concluem.

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