Apesar de ser considerada uma via estratégica para a mobilidade e o desenvolvimento da Região Centro, o Itinerário Principal (IP) 3 integra a lista das estradas mais perigosas do País.
Motivos que levaram a Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 a lançar uma petição, na qual reivindicam a melhoria e o alargamento da via, alertando desde já que a intervenção não deve ser usada como pretexto para a introdução de portagens, tendo em conta exemplos verificados na região, como é o caso do antigo IP5.
Os signatários exigem que se proceda com urgência à reparação do piso, «em particular as brechas no pavimento, em Espinheira e Souselas, se nivele a plataforma onde há abatimentos», e que as barreiras e os taludes sejam reforçados e reparados, designadamente os que foram afectados pelos incêndios do último ano.
Os utentes apelam à correcção dos «graves problemas de segurança», dando como exemplo as curvas mais apertadas, inclinações acentuadas, zonas onde se formam lençóis de água e estrangulamentos de via, responsáveis por «muitas colisões e despistes». Só nos últimos dois anos, registaram-se quase 400 acidentes no IP3, que vitimaram cinco pessoas.
Na petição, apela-se ainda ao alargamento da via para quatro faixas e à instalação do separador central em toda a sua extensão, bem como ao melhoramento dos nós de acesso às povoações e às zonas industriais.
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