Numa conferência realizada ontem, em frente à estação da CP do Entroncamento, o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos de Santarém e a Comissão de Utentes do Concelho do Entroncamento admitiram que, «sem boas acessibilidades» não será possível melhorar a qualidade de vida e «é travado o desenvolvimento económico».
As fragilidades ao nível da mobilidade no distrito estão identificadas, a começar pelas estações ferroviárias, nomeadamente no Entroncamento, onde se defende a calendarização de «um programa de substituição das actuais estruturas de acesso às plataformas de embarque [...] por uma passagem subterrânea que ao mesmo tempo facilite as ligações norte sul na cidade».
São reivindicadas também intervenções nas estações do Rossio ao Sul do Tejo (Abrantes) e de Riachos (Torres Novas), entre outras, que permitam a circulação e estacionamento nos parques e zonas adjacentes.
Ao nível das travessias do Tejo, os utentes preconizam a elaboração de um plano, a médio e longo prazo, para a construção de duas novas pontes para substituir as de Constância e Chamusca. Para já, propõem a «aplicação de medidas transitórias tecnicamente exequíveis que melhorem a circulação e reforcem a segurança».
Segurança rodoviária e portagens
Os utentes defendem o reforço das campanhas contra a sinistralidade rodoviária, admitindo também a necessidade de «haver um esforço na sinalização e utilização das passadeiras de peões».
A abolição de portagens nos casos em que os utentes não dispõem de «alternaticvas válidas», designadamente na A23 (que liga o nó da A1, junto a Alcanena, à Guarda) e na A13 (que liga Santarém à Marateca), é outra reivindicação que irão reencaminhar para o Governo, Assembleia da República, autarquias e outras entidades, como a Infraestruturas de Portugal.
Recorde-se que, segundo dados divulgados no JN, no passado dia 18, 944 empresas localizadas no Interior terão fechado, com a destruição de mil postos de trabalho, depois da introdução das portagens.
Nas restantes vias, os utentes defendem a «correcção de situações estruturais como a passagem da EN118 e N3 por meios urbanos». Apontam a necessidade de «algumas rotundas e a manutenção e valorização de muitos dos troços das vias rodoviárias» designadamente do IC1, da EN2, da EN361 (entre Alcanena e Amiais), da EN3 (entre Torres Novas e Entroncamento) e da ligação entre Almeirim e Santarém (EN114), entre outras.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui