Os dados divulgados esta manhã confirmam a estimativa avançada pelo Instituto Nacional de Estatística há um mês e apontam para a manutenção da trajectória de ligeira redução da taxa de desemprego no mês de Fevereiro, para 7,8%.
Janeiro foi o 16.º mês consecutivo de redução da taxa de desemprego que, recorde-se, estava estabilizada acima dos 12% nos últimos meses de governação do PSD e do CDS-PP, depois de ter atingido os níveis mais altos registados pelas estatísticas oficiais. Em Janeiro de 2013, o desemprego alcançou 17,5%.
Apesar da redução significativa, o desemprego entre os jovens continua bastante elevado e atinge 22,1% da população activa entre os 15 e os 24 anos. De acordo com os últimos dados trimestrais do INE, mais de 230 mil jovens entre os 15 e os 34 anos não trabalhavam nem estudavam no final de 2017, 10,5% do total.
Também ao nível da qualidade do emprego criado há sinais contraditórios. Uma parte importante dos novos contratos iniciados no ano passado são a prazo, como demonstram os dados trimestrais do INE, revelados no mês passado. Entre o último trimestre de 2016 e o de 2017, os contratos a prazo cresceram 5,4%, enquanto os contratos sem termo subiram 4,5%.
Apesar de o valor registado em Janeiro estar abaixo da média da zona euro, fixada pelo Eurostat em 8,6%, está acima da média da União Europeia (7,3%) e muito longe dos valores registados em países como a Alemanha (3,6%), Holanda(4,2%), Reino Unido (4,6%) e Dinamarca (5,2%), assim como da generalidade dos estados-membros do Leste europeu.
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