O anúncio foi feito pelo próprio Lula da Silva no final de um longo discurso em que lembrou o seu percurso que se iniciou no combate à ditadura militar, ainda no final dos anos 70, enquanto dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (São Paulo), onde está desde quinta-feira.
Apesar da intenção declarada, o povo que se mantém em torno do edifício do sindicato ainda não permitiu a saída do veículo em que Lula se deve deslocar para o aeroporto de Congonhas (São Paulo), de onde voará para Curitiba num avião da Polícia Federal, que o transportará do aeroporto para a sede da força de segurança de helicóptero.
Após a missa em memória da sua mulher, Marisa Letícia, falecida em Fevereiro do ano passado, Lula dirigiu-se aos milhares que se mantinham em torno do sindicato desde que, na noite de quinta-feira, o ex-presidente se deslocou para lá, após a ordem de prisão dada pelo juíz Sérgio Moro.
«Vou cumprir o mandato, e vocês vão ter que se transformar em Lulas e vão andar por este país fazendo o que precisa ser feito. Eles têm que saber que a morte de um combatente não pára a revolução», disse, citado pelo Vermelho. Lula da Silva denunciou o plano golpista que afastou a presidente legítima Dilma Rousseff em 2016 e que agora procura impedir a sua candidatura às presidenciais – sendo que o ex-presidente é o favorito dos brasileiros em todas as sondagens.
Lula fez a defesa das conquistas económicas e sociais durante os seus mandatos e da sua sucessora. Dilma esteve ao seu lado durante o discurso com dezenas de personalidades e líderes políticos.
O centro da mobilização popular vai ser transferido de São Bernardo do Campo para Curitiba, estando já a ser montado um acampamento permanente junto à sede da Polícia Federal.
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