Em declarações hoje à agência Lusa, Jorge Alves, do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), explicou que esta vigília, entre as 18h de dia 23 e as 14h do dia seguinte, serve para relembrar o Presidente de uma conversa em que se comprometeu a falar com a ministra da Justiça sobre as reivindicações dos guardas.
«Depois do contributo do senhor Presidente da República em Santa Cruz do Bispo, a senhora ministra [da Justiça], em vez de reconhecer os erros na aplicação do horário de trabalho, decidiu manter a sua aplicação em 30 de Abril e 21 de Maio, a última fase da sua aplicação», explicou Jorge Alves.
A decisão de fazer uma vigília foi tomada numa assembleia-geral extraordinária realizada neste fim-de-semana, esclarece o dirigente, visto que «esta questão dos horários está a criar um clima de insatisfação profissional e insegurança dos guardas e dos reclusos e que, face a isso, a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais «foi obrigada a mudar a dinâmica [operacional] nas cadeias».
Jorge Alves acrescentou que a ministra da Justiça, Francisca Van Dunen, se comprometeu a negociar o estatuto operacional num prazo considerado razoável, bem como o estatuto remuneratório. Porém, acusa-a de querer silenciar a contestação durante as negociações.
«Não compreendemos porque se disponibiliza para discutir o novo horário e porque é que este tem de estar em vigor, depois de dizer que este tem erros e que está a provocar problemas graves na segurança dos estabelecimentos prisionais e no psicológico e no físico dos profissionais», afirmou o dirigente, noutro protesto realizado a 23 de Abril.
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