Iniciada hoje à meia-noite, a greve nacional de dois dias convocada pelas quatro estruturas sindicais representativas dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica está a registar uma adesão entre os 80 e 90%.
Entre os motivos, os trabalhadores acusam o Governo de ser o culpado pela falta de acordo e o fecho das negociações, afirmando que foi violado o acordo afirmado anteriormente em várias matérias com os salários e as transições para a nova carreira.
Os sindicatos afirmam que a nova tabela salarial e o modelo de avaliação imposto pelo Governo faz com que 90% dos técnicos sejam colocados na base da carreira, além de que não contempla o tempo de serviço anterior nos reposicionamentos. É ainda salientado que os trabalhadores vêem as suas perspectivas de aumentos salariais frustadas, tendo só aumentos a cada dez anos.
Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS/CGTP-IN), Luís Dupont, afirmou que o acordo assinado com o Ministério da Saúde nesta semana diz respeito a matérias já acordadas em Março e que, portanto, não contempla as reivindicações que levaram a esta paralisação nacional de dois dias.
Os trabalhadores têm marcada ainda uma manifestação hoje às 14h30, em Lisboa, do Marquês de Pombal até à Assembleia da República.
A greve, que se prolonga até à meia-noite de sexta-feira, prevê o cumprimento de serviços mínimos, abrangendo tratamentos de quimioterapia e radioterapia ou os serviços de urgência.
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