Por volta das 15h30, começaram a chegar ao parlamento técnicos das 18 profissões que integram os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, vindos de todo o País, para reclamar direitos iguais e contestar a atitude do Governo. A manifestação partiu do Marquês de Pombal.
No final das escadarias, vários manifestantes exibem uma faixa negra com a inscrição «nem mais nem menos, direitos iguais», estando o largo em frente à Assembleia da República repleto de manifestantes, a maior parte deles vestidos de negro e com batas brancas, resistindo à chuva que cai desde o início da marcha.
«O que nos foi apresentado [pelo Governo] não tem equidade nem igualdade em comparação com outras carreiras da função pública», disse à agência Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, Luís Dupont.
Fazendo um balanço dos protestos, o dirigente sindical afirmou não estar «surpreendido» com a adesão dos profissionais à greve e à manifestação, uma vez que «a indignação dos técnicos é muito grande». Quanto a números, apontou que adesão está acima dos 90%, mantendo-se os serviços mínimos.
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram hoje à meia-noite dois dias de greve nacional por falta de acordo com o Governo sobre matérias relativas às tabelas salariais, transições para nova carreira e sistema de avaliação.
Os trabalhadores afirmam que a tabela salarial imposta pelo Governo faz com que cerca de 90% dos técnicos permaneçam na base da carreira toda a sua vida profissional. Além disso, dizem que o sistema de avaliação imposto prolonga a estagnação salarial por mais 10 anos, reiterando que os salários não correspondem às funções desempenhadas.
A greve é convocada pelas quatro estruturas sindicais que representam os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, sendo que a paralisação deve afectar análises clínicas, meios complementares de diagnóstico e alguns tratamentos.
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