Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram à meia-noite de hoje uma greve, convocada pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS/CGTP-IN), dando continuidade à paralisação realizada em Maio.
Segundo o STSS, a greve surge depois de o Governo, no dia 28 de Maio, ter comunicado novamente o encerramento da negociação, relativas às carreiras destes técnicos, da qual é o «único culpado» pois pretende «perpetuar uma injustiça com mais de 18 anos».
Em declarações à Lusa, Luis Dupont, presidente do STSS, explicou que, «de uma maneira geral, os grandes serviços têm níveis de adesão elevados», com os serviços mínimos a serem cumpridos conforme a lei.
«O levantamento que temos desta greve, que abrange instituições de Norte a Sul do País, aponta para uma adesão que ronda os 85% a nível global», apontando que existem vários serviços a 100%, sobretudo nos hospitais do Norte.
Sobre os motivos da paralisação, o dirigente afirmou que «não é só uma questão da tabela salarial, é também a questão da transição dos trabalhadores da actual carreira para a nova tabela e a contagem do tempo de anos de serviço na actual carreira», considerando ser «inaceitável o que Governo está a fazer na negociação».
Face a esta situação, os sindicatos solicitaram no dia 5 de Junho a «negociação suplementar face àquilo que é a lei», mas até ao momento não houve nenhuma resposta por parte dos ministérios da Saúde e das Finanças, acrescenta.
Perante o impasse, os técnicos de diagnóstico e terapêutica decidiram voltar hoje à greve, que se repete a 13 de Julho. A partir de 1 de Julho irão realizar uma greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado.
Além de um dia de greve, os técnicos de diagnóstico e terapêutica realizam também hoje uma vigília em frente à residência oficial do primeiro-ministro, onde vão entregar um manifesto com milhares de assinaturas que apela à reabertura do processo negocial.
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