Os sindicatos de professores convocaram ontem greve às reuniões de avaliação dos vários níveis de ensino, a ter início a 18 de Junho, podendo prolongar-se até Julho, em resposta à intransigência do Governo.
A paralisação foi subscrita por uma larga frente sindical. Entre os subscritores, dez no total, está a Federação Nacional de Professores (Fenprof/CGTP-IN) e a Federação Nacional da Educação (FNE/UGT).
As dez estruturas sindicais subscritoras, em comunicado conjunto, afirmam que, apesar de estar marcada reunião para 4 de Junho, a gota de àgua foi a posição demonstrada pelos representantes do Ministério da Educação na Assembleia da República, que reiteraram a intenção de eliminar mais de 70% do tempo de serviço congelado e as restantes posições quanto aos concursos de professores.
O Governo insiste em contar dois anos e dez meses, uma perda que, para os professores, é «inaceitável», tendo no passado dia 19 saído à rua, numa manifestação que reuniu cerca de 50 mil professores em Lisboa pela contagem de todo o tempo de serviço congelado, de acordo com a resolução aprovada por uninamidade na Assembleia da República.
A frente sindical lembra ainda que, em Novembro passado, foi assinada entre ambas as partes uma declaração de compromisso. Porém, meio ano depois, o Governo não honrou um único ponto, nem demonstrou nas negociações vontade de resolver as questões dos horários, do envelhecimento e aposentação do corpo docente ou do desgaste acentuado que afecta milhares de professores.
Por agora, a greve terá incidência nas reuniões de conselho de turma dos 5.º, 6.º, 7.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade, bem como, a partir de 22 de Junho, nas reuniões da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico.
O comunicado refere ainda ter ficado decidido entre os subscritores o início de contactos com outras organizações sindicais da Administração Pública, que enfrentem a mesma recusa, de forma a desenvolver «acções e lutas conjuntas, com vista a eliminar a discriminação que o Governo pretende impor».
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