O Partido Democrata Europeu Catalão (PDeCAT) e o Partido Nacionalista Basco (PNV) confirmaram hoje o apoio à moção de censura contra o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, apresentada pelos socialistas, assegurando o sucesso da moção na votação parlamentar de amanhã, 1 de Junho.
O porta-voz do PDeCAT, Carles Campuzano, confirmou no Congresso espanhol (parlamento) que os oito deputados daquela força partidária vão votar a favor da moção de censura promovida pelo Partido Socialista espanhol (PSOE), liderado por Pedro Sánchez.
Momentos depois, foi a vez do porta-voz dos nacionalistas bascos (PNV), Aitor Esteban, confirmar no parlamento o voto favorável dos cinco deputados daquele partido.
O apoio do PNV à moção de censura já tinha sido avançado ao início da tarde por fontes do Partido Popular espanhol (força liderada por Mariano Rajoy), que foi informado antecipadamente, segundo a agência espanhola EFE, pelos nacionalistas bascos.
Apoio era essêncial para o desfecho
Com o apoio destes dois partidos nacionalistas, a moção de censura contra o governo de Mariano Rajoy deverá passar, salvo eventuais surpresas, na votação parlamentar agendada para esta sexta-feira, o que irá significar a queda do executivo espanhol e a convocação, a breve prazo, de eleições.
O parlamento espanhol começou hoje a debater a moção de censura apresentada pelos socialistas espanhóis, que são a maior força política da oposição e que propõem que o seu líder, Pedro Sánchez, substitua Rajoy na chefia do executivo.
Os socialistas têm apenas 84 deputados, um número que fica longe dos 176 necessários (maioria absoluta) para aprovar a moção. Porém, com os apoios expressos, Pedro Sánchez terá conseguido 180 votos favoráveis, de acordo com as contas feitas pela imprensa espanhola, e a moção de censura deverá passar.
Os socialistas e o seu líder insistem que, depois de ter sido conhecida a sentença do «caso Gurtel», há uma semana, com vários antigos membros do Partido Popular (PP) condenados por corrupção, o actual executivo minoritário não pode continuar em funções.
Mariano Rajoy, líder do PP, está no poder desde 2011. Nas eleições legislativas de 2015, perdeu a maioria absoluta que detinha no parlamento, consequência das duras políticas de austeridade que liderou, com o corte das pensões, o aumento da carga fiscal e a subida do desemprego em Espanha para os níveis mais elevados da União Europeia.
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