João Cadete de Matos falava na Comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, no âmbito do requerimento do PCP sobre a reposição das ligações telefónicas destruídas pelos incêndios de Outubro de 2017.
Em 1 de Junho havia quase mil ligações por restabelecer, afirmou o presidente do regulador, salientando que a Anacom tem «acompanhado nos últimos cinco meses, semana a semana», a situação.
Em Março, quase cinco meses depois da última vaga de fogos de 2017, havia «4500 pessoas» com serviços para restabelecer, «em Abril eram cerca de metade, 2600», número que tem vindo a baixar. No entanto, e a dias de fazer um ano dos fatídicos incêndios de Pedrógrão Grande e concelhos limítrofes, ainda há 970 ligações a precisarem de ser restabelecidas.
Deste total, «942 são clientes da Meo» e 28 da NOS, Vodafone e ONI, que fornecem serviços suportados na rede da transnacional Altice, dona da Meo, adiantou o presidente.
Segundo João Cadete de Matos, do total de ligações por restabelecer, segundo dados fornecidos pela Meo ao regulador, 465 resultaram da «recusa da parte do cliente», em 260 casos não foi possível contactar o cliente, 45 têm proposta pendente e 172 estão em linha de espera para interligação.
De acordo com o que tem sido noticiado, há muitos clientes que tinham apenas um serviço telefónico a quem está a ser proposta a passagem para um pacote que inclui televisão e cujo preço é mais elevado, tal como situações de clientes que estão incontactáveis precisamente por terem ficado sem o serviço e por residirem em zonas em que o acesso à rede móvel é deficiente ou inexistente.
Enquanto houver «um agregado familiar» sem ligação telefónica «temos um problema por resolver», sublinhou.
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