A autarquia presidida por Francisco Jesus lançou um comunicado onde expõe a denúncia. «A Câmara Municipal de Sesimbra teve recentemente conhecimento da existência de uma proposta de adenda ao Acordo Estratégico de Colaboração entre o Estado Português e o Município do Seixal, para construção do Hospital do Seixal, cuja assinatura estará já agendada, e prevê a exclusão do Município de Sesimbra da área de influência directa desta unidade hospitalar», lê-se no texto.
A intenção contraria compromissos assumidos desde o início deste processo, bem como as expectativas das populações e utentes dos serviços de saúde que, salienta o Município, «participaram empenhadamente em todos os momentos negociais que contribuíram para que o equipamento esteja hoje tão perto de ser uma realidade».
O comunicado esclarece ainda que o Município do Seixal, «que ao longo dos anos trabalhou sempre em estreita parceria com Sesimbra, também contraria esta intenção». Já a Câmara de Sesimbra, por sua vez, promete dar combate à decisão, caso se confirme, uma vez que prejudica os utentes do concelho.
Além de continuarem a dispor de um serviço de urgência básica no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, a cerca de 30 quilómetros, a autarquia sesimbrense alerta para a rede de transportes públicos «altamente deficitária e bastante onerosa», assim como para o tempo de trajecto «que pode representar um risco para a recuperação e preservação da saúde de doentes, quando passa a existir um hospital a menos de metade desta distância», tanto para as freguesias de Santiago e do Castelo, como para a Quinta do Conde.
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