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Enfermeiros em protesto paralisam serviços nos hospitais

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) anunciou «uma adesão extremamente elevada» à greve nacional que convocou, apontando números entre 70 e 90% em várias unidades de saúde.

Os enfermeiros continuam a exigir o reforço do número de profissionais nos serviços de saúde.
CréditosAntónio Cotrim / Agência LUSA

Falando aos jornalistas à porta do Hospital de São José, em Lisboa, o presidente do sindicato, José Carlos Martins, afirmou que, naquela unidade, a adesão à greve atingiu 90,3%, enquanto que no Hospital de São João, no Porto, 79% dos enfermeiros não foram trabalhar.

Em Coimbra, o dirigente do SEP Paulo Anacleto deu conta, em declarações à SIC, que muitos serviços do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra estavam com uma adesão de 100% e o Instituto Português de Oncologia naquela cidade registava uma adesão acima dos 70%.

A greve de hoje tem como principal reivindicação a necessidade de contratar cerca de 2000 enfermeiros para o Serviço Nacional de Saúde, o número necessário para cobrir o efeito da redução do horário de trabalho semanal para as 35 horas, que finalmente chega aos profissionais de saúde com contrato individual de trabalho a 1 de Julho.

O Executivo não acautelou esta realidade de forma atempada, denuncia o sindicato, apesar de a data em que é reposta justiça para cerca de 13 mil enfermeiros ser conhecida desde o final do ano passado.

Para além desta necessidade, o SEP aponta para um sentimento de exaustão generalizado na enfermagem, dado o elevado ritmo e volume de trabalho acumulado.

Os enfermeiros reivindicam ainda a contagem integral e «correcta» dos pontos de avaliação durante o período em que as progressões nas carreiras estiveram congeladas, assim como a criação do suplemento remuneratório para os enfermeiros especialistas – um compromisso assumido pelo Governo em negociações com o SEP.

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