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Álvaro Siza homenageado no Dia Nacional do Arquitecto

A obra, a singularidade e autenticidade «inquestionáveis» deram o mote à Ordem dos Arquitectos para a cerimónia de homenagem a Álvaro Siza, no dia 3, na  Faculdade de Arquitectura do Porto. 

Exposição «Neighbourhood - where Álvaro Meets Aldo»
CréditosJoão Relvas / Agência Lusa

A cerimónia vai contar com a presença do homenageado, Álvaro Siza, membro honorário da Ordem dos Arquitectos  desde 2009, na próxima terça-feira, pelas 18h30, no Auditório Fernando Távora da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), no âmbito das celebrações do Dia Nacional do Arquitecto.

«Além da obra, de uma singularidade e autenticidade inquestionáveis, pretende-se homenagear a pessoa e o docente», referiu em comunicado a Ordem dos Arquitetos.

No final das celebrações, o trio Bode Wilson, a trompetista Susana Santos Silva e o guitarrista Eurico Costa vão protagonizar uma atuação musical.

O Dia Nacional do Arquiteto celebra anualmente "a função social, a dignidade e o prestígio da profissão de arquiteto em Portugal", assinalando assim a data de publicação do Estatuto da Ordem dos Arquitetos, em 03 de julho de 1998, salienta a Ordem.

O arquiteto Álvaro Siza, arquiteto português contemporâneo, reconhecido a nível internacional, Prémio Pritzker 1992, Medalha Alval Aalto, Medalha de Ouro do Royal College e da União Internacional de Arquitectos, Prémio Wolf das Artes, da sua obra destacam-se a Casa de Chá da Boa Nova e as Piscinas de Marés, em Leça da Palmeira, o Edifício Bonjour Tristesse, em Berlim, o Conjunto de Schilderwijk, na Holanda, a FAUP e o Museu de Arte Contemporânea da Fundação Serralves, entre outros projectos.

A homenagem realiza-se quando o arquitecto  completa 85 anos, 60 de actividade, numa altura em que a FAUP acolhe «Neighbourhood: Where Alvaro meets Aldo», a exposição que Portugal levou à XV Bienal de Arquitetura de Veneza.

Num tempo de ameaça ao direito à habitação, o trabalho reflecte como os projectos do Pritzker construíram verdadeiros lugares de «vizinhança», evidenciando a sua experiência de participação social enquanto reflexo de uma compreensão democrática da cidade, da cidadania e da memória colectiva, igualmente próxima do pensamento do seu contemporâneo Aldo Rossi.

Com curadoria de Nuno Grande e Roberto Cremascoli, a exposição documenta ainda o regresso do arquitecto aos quatro bairros, em 2016.


Com Agência Lusa

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