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Plataforma em defesa da habitação pública nasce na Galiza

A Plataforma Galega «Vivenda Xa!» foi apresentada esta quinta-feira, tendo entre os seus objectivos reclamar um programa de habitação pública que garanta a toda a população o acesso a ela.

Conferência de imprensa em Compostela, a 20 de Março de 2025 Créditos / CIG

A Plataforma Galega «Vivenda Xa!» foi constituída recentemente, na sequência de uma convocatória lançada por diversos colectivos e entidades preocupados com a actual situação de dificuldade no acesso à habitação.

«A especulação imobiliária e a falta de acesso à habitação estão a tornar este direito fundamental num luxo inatingível para muitas pessoas», afirmou Iria Nande, uma das representantes da plataforma.

Nande, Andrés López e María Curra tiveram a seu cargo a apresentação dos objectivos, bem como o manifesto de fundação e a lista de reivindicações, explica a Confederação Intersindical Galega (CIG) no seu portal.

Um dos elementos que a plataforma considera prioritários é o da materialização de um programa de habitação pública, com preço taxado, capaz de garantir à população o acesso a casas dignas.

«Pensamos que é hora de reagir e actuar para garantir o direito a casas dignas», afirmaram na apresentação, que teve lugar em Compostela.

«Temos de agir», declarou Iria Nande / CIG

Outras medidas passam pelo aumento do parque público habitacional, por parte da Xunta da Galiza; a criação de um Banco Galego de Habitação para aluguer social; a mobilização de habitações vazias; a promoção de políticas públicas de habitação ou impedir, por via legal, a especulação dos fundos abutres.

Neste contexto, a plataforma dirigiu críticas ao papel «alarmante» que a Xunta, nas mãos do PP, está a assumir, recusando-se a aumentar o parque de habitação pública, negando-se a aplicar políticas de redução de preços em zonas com dificuldades e opondo-se à integração no mercado das casas devolutas existentes na Galiza.

Além disso, criticaram o governo do Estado, por não fazer mais do que anúncios «pirotécnicos», que não se traduzem em acções concretas. «Não há vontade de remediar esta crise e isso é inaceitável. Temos de agir», frisou Iria Nande.

A plataforma avisou que vai começar de imediato a popularizar as alternativas existentes, tendo em conta a crise no sector da habitação; também vai ouvir todos os grupos sociais e recolher propostas, já que, salientam, a plataforma está aberta às adesões de entidades que nela queiram participar.

Disseram ainda que vão realizar acções e mobilizações que comunicarão em breve. «Para nós é fundamental pressionar as administrações públicas a tomar medidas reais de imediato», disse Nande.

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