Banca

O Santander Totta deu 440 milhões de euros em lucros à casa-mãe no ano passado, mais 10% do que no ano anterior. Número de trabalhadores e despesas com pessoal desceram 7%, já incluído o Popular.

Os catalães do Caixabank embolsaram 191 milhões de euros com a operação do BPI em Portugal. O banco fala em «lucro líquido recorde» da última década em 2017, com uma subida de 33 milhões face ao ano anterior.

O grupo espanhol Bankinter fechou 2017 com um lucro de 495,2 milhões de euros, mais 1% do que no ano anterior, com a operação em Portugal a contribuir com 22,9 milhões de euros.

Quase de 350 agências bancárias fecharam portas este ano nos cinco principais bancos a operar em Portugal, de onde saíram ainda 1300 trabalhadores, segundo os últimos dados disponíveis.

Quatro anos após a privatização dos CTT, o serviço público degradou-se e os atrasos e falhas na entrega do correio avolumam-se. Os milhões de dividendos têm elevados custos: para os trabalhadores da empresa e para o País.

O Santander caminha para o topo da finança europeia e, no próximo ano, deve transformar-se no maior banco privado português. Um crescimento feito à custa de bancos que foram do Estado e de «saídas» massivas de trabalhadores.

Mais de três anos depois da resolução do BES, o sucessor Novo Banco publicou os seus últimos resultados sob a alçada do Fundo de Resolução. Mais do que os crónicos prejuízos, ressaltam as reduções de balcões e trabalhadores.

O Nomura, um banco de investimento japonês, deve vender os mais de 400 milhões de euros em dívida pública portuguesa quando a Fitch a retirar do «lixo». À Bloomberg, um gestor do banco explica como se comportam os investidores especulativos.

Os bancos portugueses despediram mais de 10 mil trabalhadores desde 2011, apesar dos 20 mil milhões de euros públicos que receberam. O número de balcões também caiu cerca de 20%.

Os bolsos das 1500 pessoas mais ricas do mundo guardam 5,2 biliões de euros, uma subida de 17% em 2016, o que corresponde a 32 vezes a riqueza total produzida em Portugal.

A política agressiva de redução de postos de trabalho no Santander Totta contribuiu para os mais de 330 milhões de euros encaixados pelo grupo espanhol, com a actividade em Portugal.

Os desmandos da banca privada custaram, desde 2008, quase 15 mil milhões de euros públicos. Este valor permitia pagar 500 equipas de sapadores florestais durante 700 anos.

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, classificou como «um marco importante» a entrega do banco que resultou da falência do BES ao fundo norte-americano Lone Star.

A Comissão Europeia aprovou a venda do Novo Banco ao fundo abutre Lone Star, a solução que impôs e que o Governo do PS adoptou. Negócio pode implicar injecções de capital público até aos 3,9 mil milhões de euros.

O Banco Popular, prestes a ser integrado no Santander Totta, reduziu em 35% os gastos com remunerações no primeiro semestre do ano, depois de ter forçado a saída de quase 300 trabalhadores desde o início de 2016.

O Santander Totta vai incorporar o Banco Popular, depois de o Santander espanhol ter adquirido a casa-mãe do Popular. Os lucros do Totta, no primeiro semestre, subiram 15%, para mais de 230 milhões de euros.

Pelo menos dois gigantes da finanças – o Barclays e o Lloyds – instalaram sensores para controlar o tempo que os seus funcionários passam à secretária. No ano passado, o Daily Telegraph tentou a mesma estratégia.

A Caixa Geral de Depósitos tem garantidas mais de 650 saídas de trabalhadores até ao final do ano, cerca de metade do objectivo imposto por Bruxelas até 2020.