Estes resultados foram obtidos num ano em que o BPI gastou cerca de 78 milhões de euros com o «programa de saídas voluntárias». De acordo com o comunicado emitido ontem ao final do dia, o processo de reestruturação vai permitir «poupanças» de 122 milhões de euros. Só na primeira metade do ano de 2017, o BPI fez sair 119 trabalhadores dos seus quadros.
O lucro consolidado do grupo foi de 10,2 milhões de euros no ano passado, uma redução significativa que é largamente explicada pela venda da posição de controlo sobre o banco angolano BFA, que representava uma larga fatia dos lucros do BPI. Sem o efeito da venda do BFA, os lucros do grupo teriam subido de 105,9 milhões de euros, em 2016, para 222,2 milhões no ano passado – um crescimento de 110%.
Recorde-se que o BPI foi alvo de uma oferta pública de aquisição pelo Caixabank, cuja participação no capital passou de 45% para perto de 85%, tomando o controlo da instituição bancária. O preço pago foi de 664,5 milhões de euros, cerca de um terço do valor que o anterior governo injectou no banco – 1,5 mil milhões de euros –, provenientes do empréstimo da troika e que o BPI acabou de pagar em meados de 2014.
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