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119 trabalhadores abandonaram a instituição financeira na primeira metade de 2017

Maiores lucros da década no BPI em ano de despedimentos

Os catalães do Caixabank embolsaram 191 milhões de euros com a operação do BPI em Portugal. O banco fala em «lucro líquido recorde» da última década em 2017, com uma subida de 33 milhões face ao ano anterior.

Pablo Forero, presidente da comissão executiva do BPI, em conferência de imprensa de divulgação dos resultados anuais de 2017, realizada na sede daquele banco, em Lisboa. 30 de Janeiro de 2018
CréditosManuel de Almeida / Agência LUSA

Estes resultados foram obtidos num ano em que o BPI gastou cerca de 78 milhões de euros com o «programa de saídas voluntárias». De acordo com o comunicado emitido ontem ao final do dia, o processo de reestruturação vai permitir «poupanças» de 122 milhões de euros. Só na primeira metade do ano de 2017, o BPI fez sair 119 trabalhadores dos seus quadros.

O lucro consolidado do grupo foi de 10,2 milhões de euros no ano passado, uma redução significativa que é largamente explicada pela venda da posição de controlo sobre o banco angolano BFA, que representava uma larga fatia dos lucros do BPI. Sem o efeito da venda do BFA, os lucros do grupo teriam subido de 105,9 milhões de euros, em 2016, para 222,2 milhões no ano passado – um crescimento de 110%.

Recorde-se que o BPI foi alvo de uma oferta pública de aquisição pelo Caixabank, cuja participação no capital passou de 45% para perto de 85%, tomando o controlo da instituição bancária. O preço pago foi de 664,5 milhões de euros, cerca de um terço do valor que o anterior governo injectou no banco – 1,5 mil milhões de euros –, provenientes do empréstimo da troika e que o BPI acabou de pagar em meados de 2014.

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