Balanço do ano – 2016

Parece haver unanimidade em reconhecer as diferenças próprias dos territórios que constituem o nosso País, mas menos vontade em concretizar caminhos para institucionalizar uma governação que promova e debata soluções, e responsabilize os cidadãos pela resolução dos seus problemas.

Não sei se, como afirmou o ministro da Saúde na véspera deste Natal, o SNS ainda «é um dos melhores serviços públicos de Saúde». Mas, se não é, já foi. Antes de os governos do PS, PSD e CDS das últimas décadas, que tanto o elogiavam, o terem atacado.

O balanço aí fica, cheio de buracos negros, do muito que aconteceu e não se viu. Buracos negros por se fazer o varrimento das prateleiras da memória, com anotações em cadernos dispersos pelos dias do ano, todas contaminadas por Baudelaire: «a crítica deve ser parcial, política e apaixonada.»

Os EUA são um país de notável diversidade, mas marcado por profundas desigualdades e divisões – subjacentes à hostilidade e à violência nas suas mais diversas formas. Os anos de presidência Obama têm-no demonstrado.

2016 ficou marcado por diversas despedidas de alguns dos maiores mestres de sempre da música. Ao nível da produção nacional e internacional, foram muitos os discos que marcaram o ritmo deste ano.

É possível fazer um balanço da actividade literária em 2016, seus contextos, constrangimentos e implicações? A tentativa aí fica.

Neste texto pretende-se fazer um breve balanço ao ano que agora termina, no que se refere ao Sistema de Proteção Civil, enquanto valência da área da Segurança Interna.

Apesar de todos os obstáculos e cedências, este foi um ano em que se conseguiu travar um longo período de ataques aos direitos dos trabalhadores e se iniciaram pequenos passos na sua reposição.

A cobertura mediática da situação na Síria é uma das principais marcas do comportamento dos media no ano que termina, recomendando uma honesta autocrítica dos próprios jornalistas. Justificável, também, pela atitude relativa ao Brasil, à Venezuela e ao Governo português. Por Alfredo Maia

Gostava de fazer um balanço de 2016 verdadeiramente sobre teatro, sobre os espectáculos, mas depois falo com tantos e tantos trabalhadores, produtores, directores das mais variadas estruturas e percebo que ninguém tem feito os espectáculos que gostaria de fazer ou que tinha idealizado.

Enfrentar as causas da imigração passa pelo fim das guerras e agressões, e das políticas neocoloniais de exploração dos povos, pelo respeito da soberania e independência dos Estados, pelo combate à pobreza e por políticas de real solidariedade e cooperação. Por António Abreu

No «agro-rural», 2016 fica marcado por medidas positivas que, apesar de insuficientes, constituem avanços. O sector leiteiro continuou em crise acentuada, num ano em que os preços à produção se mantiveram em baixa na maioria dos subsectores agro-industriais.

O ano de 2016 representou, em todo o Médio Oriente, mais um passo em direcção ao caos que os estrategos de Washington e do poder absoluto dos Estados Unidos sobre a globalização – independentemente do ocupante da Casa Branca – dizem ser construtivo.