Efacec

Reagindo ao relatório preliminar da auditoria do Tribunal de Contas à Efacec, o PCP considera que a empresa foi deixada nas «mãos do grande capital alemão», prejudicando gravemente os interesses nacionais.

Para o PS, a privatização da Efacec foi um «dia feliz para a economia portuguesa». Será de má memória para as dezenas de trabalhadores que já receberam a carta de despedimento colectivo. PCP questiona novo Governo PSD/CDS-PP.

Estão salvos os accionistas, enquanto o Estado português, pela mão do Governo PS, já assumiu os custos de mais uma privatização ruinosa. Está na hora de a Mutares, nova gestão da Efacec, avançar com o despedimento colectivo.

Mais uma prova de que a nacionalização da Efacec só serviu os interesses privados. A empresa privatizada ao capital alemão fechou um contrato de 2,3 milhões com o Metro do Porto e outro de 100 milhões de euros com uma empresa francesa.

A pergunta foi endereçada à entidade liderada por Von der Leyen pelo deputado comunista João Pimenta Lopes, depois de o ministro da Economia dizer que a Comissão Europeia esteve envolvida nas negociações.

Na passada semana a Efacec ganhou um contrato de 18 milhões, hoje foi anunciado que será vendida a uma holding alemã. Não só é um sector estratégico privatizado como o beneficiário é o capital estrangeiro.

Após salvar os accionistas privados e garantir que os contribuintes pagavam a factura da má gestão privada em 2020, o Governo avança agora para a reprivatização, mas o Ministro da Economia só procura a «minimização dos encargos do Estado» e diz que «o Estado não é um bom accionista». 

Após salvar os accionistas privados e garantir que os contribuintes pagavam a factura da má gestão privada em 2020, o Governo avança agora para a reprivatização, mas o Ministro da Economia só procura a «minimização dos encargos do Estado» e diz que «o Estado não é um bom accionista». 

Os trabalhadores da Efacec exigem que os 45 milhões de euros recentemente injectados na empresa sirvam para comprar a matéria-prima que falta para que a fábrica comece a laborar. 

Os trabalhadores estão em greve para exigir ao Governo a compra de matérias-primas e dizer não à reprivatização da Efacec. Para esta tarde está marcada uma concentração no Polo da Arroteia, em Matosinhos. 

Entre as 14h e as 16h, período em que vai decorrer a greve, os trabalhadores da Efacec vão concentrar-se na portaria da sede da Efacec, em Matosinhos. Exigem trabalhar e «continuar a ter futuro». 

Trata-se da última empresa, ainda em actividade em Portugal, com um domínio industrial claramente estratégico e que intervém na substituição de importações por produção nacional.

A acção tem por objectivos lutar contra os despedimentos e em defesa do emprego, e afirmar o futuro da Efacec, defendendo a sua nacionalização.

Os trabalhadores acusam a administração da Efacec de «atropelo aos direitos» e à «liberdade sindical» por ter rejeitado ceder as instalações para um plenário.

A indústria transformadora continua a ser o esteio das economias mais desenvolvidas, seja a nível europeu ou mundial, como atesta a realidade económica dos últimos 150 anos.

Os trabalhadores da Efacec continuaram a ser alvo de ataques por parte da actual administração, prosseguindo os despedimentos e a retirada de direitos.