A constatação levou o PCP a promover a apreciação parlamentar do decreto-lei governamental que nacionaliza o grupo Efacec, embora com a intenção de o devolver ao capital privado, com o objectivo da nacionalização definitiva da empresa e respectiva integração no Sector Empresarial do Estado.
«Quando perante os impactos do surto epidémico Covid 19, alguns parecem acordar de uma longa ilusão – a de que os países se podem desenvolver e responder às necessidades das suas populações sem indústria – eis uma oportunidade» para recuperar o controlo público da Efacec e «colocá-la ao serviço da economia nacional», pode ler-se no preâmbulo da apreciação parlamentar comunista.
Recorde-se que a Efacec, que já foi pública, é a última grande empresa de metalomecânica e eletromecânica que resistiu no nosso país, apesar da política de sucessivos governos de desvalorização da produção nacional.
Trata-se de um grupo industrial que reúne meios de produção, tecnologias e competências técnicas para desenvolver as suas actividades nos domínios das soluções de energia, engenharia, ambiente, transportes, automação e mobilidade eléctrica, com uma rede de filiais e agentes em vários países, nomeadamente no Reino Unido, França, Espanha, Dinamarca, EUA, Brasil, Argentina, Angola e Moçambique.
Entretanto, às dificuldades estruturais da Efacec decorrentes de uma política nacional que, em geral, não promove a substituição das importações pela produção nacional, somam-se os problemas relacionados com as acções detidas por Isabel dos Santos e a pressão dos credores. Dificuldades essas que se acentuaram nos últimos meses com os impactos do surto epidémico.
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