Iniciada hoje à meia-noite, terminando amanhã às 24h, a greve é a primeira de várias que se vão realizar este mês no sector. De acordo com fontes sindicais, durante a manhã, a adesão à greve dos trabalhadores do sector público da Saúde foi de 80%.
Entre os motivos apresentados, os trabalhadores exigem uma solução para os muitos problemas que se reflectem na degradação da qualidade dos serviços, tal como a sobrecarga dos profissionais devido à falta de pessoal, que só pode ser resolvida com a contratação imediata de mais trabalhadores.
É exigida ainda a aplicação das 35 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores, avanços das progressões na carreira e o pagamento das horas extraordinárias vencidas e não liquidadas a todos. No pré-aviso é também reivindicada a aplicação do subsistema de saúde ADSE (para funcionários públicos) a todos os trabalhadores e um acordo colectivo de trabalho para aqueles com contrato individual.
José Abraão, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP/UGT), afirmou à Lusa que «as pessoas estão cansadas da forma injusta como o Estado gere os trabalhadores, que têm uns 35 horas de trabalho e outros 40 horas. Por outro lado, descongelaram as progressões nas carreiras faseadamente para os contratos de trabalho em funções públicas, mas os que estão a coberto do código do trabalho, com contrato individual, foram completamente abandonados».
Já na próxima semana, são os sindicatos médicos que têm uma greve de três dias agendada, para 8, 9 e 10. A 25 deste mês, os trabalhadores do sector da Saúde voltam a cumprir mais um dia de greve.
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