Após vários anos com aumentos salariais insuficientes, os trabalhadores da Aptiv «sentem-se desmotivados, descontentes e exaustos», afirma a Comissão Sindical numa nota, sublinhando que «a falta de condições de trabalho, aliada ao desrespeito pela profissão, põe em causa a sua dignidade como profissionais».
O caderno reivindicativo foi entregue à administração no passado dia 17 e, no dia seguinte, numa reunião com a Comissão Sindical do Sindicato do Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA/CGTP-IN), a administração fez saber que «não aceita negociar o caderno» e que as reivindicações só serão discutidas no âmbito da associação patronal de que a Aptiv faz parte.
Esta tem sido a posição da administração nos últimos anos, que se tem traduzido em «aumentos de salário miseráveis», denuncia a Comissão Sindical, destacando a urgência de «inverter o rumo de desvalorização do trabalho e dos trabalhadores, e romper com o modelo de baixos salários, trabalho precário, ataque aos direitos».
Afirmando que é «urgente a resposta aos problemas concretos que os trabalhadores estão a sentir», a Comissão Sindical do SITE CSRA apela à participação na greve de 24 horas convocada para dia 25, dia em que a CGTP-IN realiza uma acção de luta nacional.
Na fábrica da multinacional fabricante de material electrónico em Braga, os trabalhadores realizaram, em 2020, dois dias de greve por reivindicações semelhantes, lembra a estrutura sindical, afirmando que «basta de migalhas».
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